sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O que ele disse


"O agravo [tipo de recurso apresentado] em questão evoca, em pleno século XXI, decantado vício de formação da sociedade brasileira: a confusão do público com o privado. O inquérito em epígrafe investiga criminalmente a pessoa de Eduardo Cunha, que tem plenitude de meios para assegurar sua defesa em juízo e, como seria de se esperar, está representado por advogado de escol. Apesar disso, como declarou publicamente o Advogado-Geral da União, o investigado solicitou a intervenção da advocacia pública em seu favor, sob o parco disfarce do discurso da defesa de prerrogativa institucional."
[...]
"Logo após a interposição do agravo regimental ora contraarrazoado, o Advogado Geral da União, Luís Inácio Adams, e o Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, travaram em público um diferendo, fartamente divulgado pela imprensa, incluindo afirmações e desmentidos. Em resumo, Eduardo Cunha afirmou em seu perfil no microblog twitter e em declarações à imprensa que não havia solicitado à AGU a interposição deste agravo. O Advogado-Geral da União, a seu turno, asseverou que foi insistentemente cobrado pela presidência da Câmara para adotar a medida."
Rodrigo Janot, procurador-geral da República, sentando a pua no presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao contestar recurso apresentado pelo parlamentar, que se fez representar pela Advocacia Geral da União.

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