quarta-feira, 3 de junho de 2015

Violência: o problema é que o Pará é colônia do Brasil


De um leitor do Espaço Aberto, sobre a postagem Mais policiais nas ruas não acaba com a violência:

Modus in rebus, como dizem os juristas. Uma coisa é direitos sociais; outra coisa é crime.
Dizer que a ocorrência criminosa está vinculada diretamente à pobreza é de um preconceito intolerável e, pior: empurra o problema com a barriga para daqui a cinco gerações, tempo necessário para que funcionem os aportes de educação e renda aplicados hoje nas periferias.
Digo que é preconceito porque, se houvesse essa ligação direta pobreza-crime, não teríamos crime de colarinho branco...
O nosso problema está principalmente no fato de que o combate ao crime tem sido capilar, tipo segurança de boate: o policial militar fica lá esperando a bronca. O policial civil está atolado: o volume de homicídios não permite investigação que preste em quase nenhum.
Não há ações que persigam o principal motivo deste banho de sangue. E qual o principal motivo? A instalação, no Pará, de um polo de droga.
Recentemente um navio saiu daqui para a Holanda (foi pego lá) carregadinho de cocaína. Que é que a Polícia Federal tem feito, afinal, além de chatear quem vai fazer compras em Miami?
É óbvio que o pobre é mais exposto à tentação da riqueza fácil mesmo com alto risco, mas, contraposto a cada avião, há pelo menos dez garotos pobres que estão batalhando a vida no trabalho legal.
Nosso problema é que ainda somos colônia do Brasil...

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