quarta-feira, 6 de maio de 2015
Agressão inconcebível, explicação risível, gesto louvável
Mas que coisa feia, hein, meus caros?
Que coisa mais feiíssima (assim mesmo, com dois is, como vocês sabem).
Vejam a imagem.
No domingo passado, no Mangueirão, antes de começar a decisão em que o Remo venceu o Independente de Tucuruí por 2 a 0 e conquistou o bicampeonato paraense, o mascote do Remo avançou em direção ao do Galo e o agrediu, muito embora o agredido estivesse fazendo menção de dar um abraço, de se confraternizar.
E a agressão foi tão forte que fez o rapaz do Independente caiu.
Mascotes não são seres etéreos, não é?
São gente.
Gente de carne e osso.
O mascote do Rei do Norte chama-se Bruno Maciel.
Na segunda-feira, dia seguinte ao da conquista triunfal do Remo e ao vexame que protagonizou, ele foi ao Globo Esporte para, segundo disse, se retratar.
E apresentou uma explicação risível.
"Na verdade, eu entrei no gramado e não percebi o mascote do Galo. [...] De forma alguma eu tive a intenção de agredi-lo. Porque aqui dentro dessa cabeça [da máscara do Leão] a visão periférica é muito ruim. Então eu não tive a noção de força", explicou o mascote agressor (vejam aqui suas explicações na íntegra).
Hehehe.
Oh, Bruno.
O que tem a ver visão periférica com noção de força?
O que tem a ver visão periférica com um soco desferido em outra pessoa?
E ainda, Bruno, que o mascote do Galo tivesse a intenção de provocar a torcida do Remo, seria justificável agredi-lo? Não seria o caso de chamar a polícia? Ou algum representante da Federação para coibir aquilo?
Bruno faria melhor se, simplesmente, pedisse desculpas sem apresentar maiores explicações para essa conduta inexplicável.
Mas louve-se, de qualquer forma, a sua postura de reconhecer o erro e de se dirigir pessoalmente ao mascote do Independente para se desculpar, conforme se vê na imagem abaixo.
Menos mal, Bruno.
E calma das próximas vezes.
Muita calma nessas horas.
E nós, todos os remistas, também pedimos desculpas ao agredido e à torcida do Independente de Tucuruí.
Nosso pobre futebol luta para se manter de pé e sofre por sucessivas trapalhadas de dirigentes, e agora de um mascote. Conseguem piorar o que achávamos que seria o fundo do poço. Certamente esta retratação é um ato sincero do rapaz e não um receio das consequências dos seus atos frente à reação do Ministério Público.
ResponderExcluir