Deputados estaduais de partidos de oposição ao governo tucano ignoraram solenemente - ou sem solenidade alguma se vocês quiserem - uma decisão judicial e comandaram manifestação no rio Moju, nas imediações da ponte que desabou há um ano, após ser abalroada por uma balsa.
Apesar da concentração de pessoas às proximidades das rampas de acesso às balsas, a travessia foi normal durante a manhã. A operação recebeu apoio do Detran, Corpo de Bombeiros e Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).
No local, imagens registradas, e que circulam no aplicativo WhatsApp, mostram os deputados Iran Lima (PMDB), Dirceu Ten Caten (PT), Beto Faro (PT) e Tércio (PROS) comandando a manifestação.
No último sábado, o juiz da Comarca de Moju, Cesar Augusto Puty Paiva Rodrigues, determinou à Polícia Rodoviária Estadual e à Polícia Militar do Pará que adotassem todas as providências necessárias para coibir a interdição da travessia das balsas.
Ao determinar que se reprimisse qualquer tentativa de impedir a travessia, o magistrado ressaltou a predominância do interesse público sobre o interesse particular, especialmente neste caso em que os organizadores da manifestação pretendiam impedir o constitucionalmente assegurado direito de ir e vir das pessoas.Os parlamentares do PMDB, do PT, do PROS e de trocentos outros partidos têm o direito de colocar-se à frente de manifestações contra o governo do Estado?
É claro que sim.
Têm o direito de convocar seus liderados para engrossarem o coro de protestos contra os 12 meses decorridos de trabalhos de reconstrução de parte da ponte sobre o rio Moju?
Igualmente sim.
Mas Suas Excelências, presentes pessoalmente no local dos protestos, estavam estimulando o bloqueio?
Não. Todos nós queremos acreditar, sinceramente, convictamente e intimamente que não.
Porque aí já é pisotear nas leis e, por extensão, no próprio Legislativo, que as produz.
E se legisladores se apresentarem como os primeiros a desrespeitar as leis, estarão jogando fora os mínimos e mais comezinhos princípios que norteiam o Estado de Direito.
Ou não?
É a manipulação do povo, que tão bem sabem fazer os que querem ver o circo pegar fogo.
ResponderExcluirMas...que o(s) prazo(s) de recuperação e solução do acidente já ultrapassa e muito o limite da paciência e o bom senso, isso é verdade.
ResponderExcluirNão sei, anônimo das 08:12, não possuo a chave do cofre do Estado para saber suas disponibilidades orçamentárias e financeiras. Acaso vc acha que é assim: assina o cheque e faz logo a obra?
ResponderExcluirInfelizmente não. E sabe o porquê? Por que em direito público só se pode fazer o que está na lei.
direito publico??? sabe aquele monte de dispensa de licitação que teu chefe faz quando nao tem necessidade??? poise, esse era o momento...urge o tempo! mas o dono da balsa e a preguiça do pescador nao deixam...
ResponderExcluirA verdade é que o estado não tem dinheiro para fazer a reconstrução da ponte, a seguradora não repassou nenhum real e o governador finge que não sabia de nada, que os técnicos são incompetentes e já caminhamos para o segundo ano e nada resolvido ou seja quem paga a conta são os usuários da rodovia que sofrem para ultrapassar o rio moju naquelas balsas velhas que vivem em pane e sem nenhuma estrutura física para tanta espera.
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