Renan Calheiros e Aécio Neves: dia 4 de fevereiro de 2015 |
Renan Calheiros e Aécio Neves: dia 3 de março de 2015 |
Dilma está nas cordas – ela e seu governo.
Socada, muquiada,
alvo de escorregadas, tombos, tropeções e safanões que petrolões, fisiologismos
e articulações disparatadas produziram à farta desde janeiro, quando assumiu para
o segundo mandato, a presidente, usando a linguagem – e a imagem – tão afeita
aos aficcionados do MMA – está a ponto de ser finalizada. Mas tomara que não o seja.
Para não pedir lona, para não bater no chão
indicando ao juiz que não aguenta mais a sova
dos adversários, dos disparates e contradições de seu próprio governo, a
presidente tenta reagir, mas não consegue.
No próximo domingo, Dia Internacional da Mulher,
Dilma fará mais uma tentativa: vai à televisão para prestar uma homenagem às
brasileiras, mas o que todos vão ver é uma presidente que tenta sair das cordas
e retomar a iniciativa. Mas como?
Dilma não é mais ela e suas circunstâncias –
parodiando a máxima de Ortega y Gasset. Dilma, em verdade, é ela e as
circunstâncias dos outros. Como desse gigante, desse heróico Renan Calheiros,
Sua Excelência o presidente do Senado, e de seu similar – ou semelhante -, o
também gigante e heróico Eduardo Cunha, ambos do PMDB.
Renan, até duas ou três semanas atrás, era um
sabujo governista, mesmo expondo-se a ter seu conceito mais rebaixado do que
sempre esteve e ainda que disfarçasse a sabujice, adornando-a de um certo
verniz de independência na condição de presidente do augusto do Congresso
Nacional.
Foi nesse papel, a de sabujo dos governo Dilma,
que Renan protagonizou
um bate-boca com o líder das oposições, o tucano Aécio Neves (PSDB-MG),
que lá pelas tantas disse assim: “Vossa Excelência apequena esta Casa”.
Viva Aécio, o
presidente – derrotado – de todos brasileiros!
Isso foi no dia 4 de fevereiro. Na última
terça-feira à noite, 3 de março, portanto um mês depois do barraco a que todos assistimos no plenário do Congresso, o mesmo
Aécio, ele mesmo, subiu até a Mesa, onde estava Renan, para cumprimentá-lo por
ter devolvido ao Executivo a MP que revisa as regras da desoneração da folha de
pagamento de setores produtivos.
Na ocasião, Aécio, aquele mesmo de 4 de
fevereiro, disse
assim no dia 3 de março: “Tivemos embates diversos, mas Vossa
Excelência se comporta, neste instante, como presidente do Congresso Nacional e
de todos os brasileiros”.
Hehehe.
Dilma nas cordas.
Viva Renan, o nosso herói, o presidente de todos
os brasileiros!
Viva Aécio, o presidente – derrotado – de todos
os brasileiros!
Os dois, Renan e Aécio, são eles e suas
circunstâncias.
Dilma
é ela e as circunstâncias... dos outros.
Mandou bem, seu Espaço.
ResponderExcluirOcasiões e circunstâncias fazem parte do , digamos, DNA dos nossos políticos.
Geralmente as ocasiões os fazem vilões...mas...os cumpanherus Lula e Dilma atropelaram até o Código de Ética da malandragem, égua!
E viva o dólar de "treis reau"! (culpa do FHC, ohhh!)
Assim como, na mesma sessão, o Renan pediu desculpas ao Aécio, em público, e sem qualquer tipo de ressentimento pelo bate-boca de um mês antes, já sabendo que seu nome estava no "listão" do Janot
ResponderExcluirAssim como, na mesma sessão, o Renan pediu desculpas ao Aécio, em público, e sem qualquer tipo de ressentimento pelo bate-boca de um mês antes, já sabendo que seu nome estava no "listão" do Janot
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