segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Veiga quebra o silêncio e diz que apura erro de 12,4 pontos
O Bilhetim continua mudo. Mudo e quedo. Ainda não deu um pio sequer desde o dia 25 de outubro passado, quando seu editor, o professor, odontólogo, cientista político Edir Veiga, desviado mais recentemente para as funções de pesquisas, divulgou uma pesquisa em que apontava a vitória do Helder Barbalho (PMDB) sobre Simão Jatene (PSDB) por 12,4 pontos.
O tucano, como se sabe, ganhou por quase quatro pontos de diferença, o que significa que o erro no levantamento do IVeiga foi, a rigor, de quase 16 pontos.
Se o professor Veiga está mudo e quedo em seu Bilhetim, no Facebook está falante que nem ele. Desde o domingo, 26 de outubro, o perfil de Veiga na rede social tem sido demandado por dezenas de postagens que o questionam sobre o que terá dado errado - tanto errado - em suas previsões. Ele promete que está "estudando" a extensão do erro de sua pesquisa e promete dar uma resposta em até oito dias, contados a partir deste sábado.
Bruno Costa, um dos que interagiram com Veiga, lembra que cerca de uma semana antes das eleições o professor disse que o IVeiga iria "desmascarar os outros [institutos de pesquisa), tipo Ibope e Datafolha, coisa que não aconteceu". Questiona o leitor: "Onde foi o erro? Não estou para ofender ninguém. Quero só saber onde foi o erro. A opinião pública tem o direito de saber. Por favor, quando o sr. souber, dê uma explicação", pede Bruno.
"Bruno. Estou com uma equipe ligando para todos os entrevistados. Também quero saber o que houve. Já sei que Helder perdeu dois pontos para abstenção. Que Jatene cresceu um ponto sobre o Helder no interior no segundo turno. Nas regiões azuis como oeste, sudeste e sudoeste", explica Edir Veiga.
Priscilla Matroni, que classifica a pesquisa do IVeiga de "imoral e indecorosa", cobra explicações sobre por que a porcentagem de Santarém e Marabá foi maior que Ananindeua, "sendo ambas com populações menores que Ananindeua".
Responde Edir Veiga: "A metodologia amostral foi a seguinte. Amostragem por mesorregião. Tendo pelo menos dois municípios. A Metropolitana tem 25% dos eleitores do Pará. Foram escolhidos Belém e Ananin. Como Belém tem 1 milhão de eleitores e Ananin tem um pouco mais que 200 mil.
No universo de 2000 entrevistados, a metropolitana ficaria com 500 entrevistas. Jogando na proporção, Belém ficou com 80% e Ananin com 20%. Ou seja, fizemos 400 entrevistas em Belém e 100 em Ananin. A mesma metodologia se aplica no oeste, e assim Santarém pode ter mais entrevistas do que em Ananin. O oeste tem 10% do eleitorado ou 500 mil eleitores. Santarém é o maior município com quase 200 mil eleitores e Monte Alegre pode ter 60 mil eleitores. Neste cenário, Santarém teria 75% dos entrevistados ou 350 entrevistas aproximadamente. Bem mais do que Ananindeua, entendeu?"
Edir Veiga se defende dos ataques que tem recebido. E contra-ataca: "Engraçado. A pesquisa sempre é passível de erro. No Pará nunca tinha errado. Talvez por isso os ataques. Nesta eleição, quase todos erraram no primeiro turno e ninguém falou nada. Acreditem, podem chacoalhar. Não pararemos."
A mais recente postagem de Veiga é de sábado, precisamente às 15h59. "Em janeiro teremos a primeira rodada de avaliação dos governos de Belém e Ananindeua. Aguardem no Bilhetim."
Vish!
Estou errado ou foi isso mesmo: No 1 turno a empresa Acertar, realizou um levantamento ha 06 dias da eleição, e apontou um empate técnico entre Jatene e Helder, pesquisa essa divulgada. Neste período, ou seja ha ceca de 06 dias da eleição. O Veiga aponta que Helder tinha cerca de 9 pontos a frente de Jatene e o Ibope apontava que Jatene estava 9 pontos a frente de Helder. Logo após a divulgação da pesquisa do Acertar tanto Ibope e Veiga passaram a apontar um empate técnico entre os dois candidatos! Ou seja ambos, Veiga e Ibope, estavam manipulando os dados ou copiaram a metodologia do Acertar que encontra-se disponível no TSE para poder apontar o resultado correto.
ResponderExcluirSe o Edir Veiga não entende onde errou e foi perguntar aos entrevistados (O quê?) o que foi que aconteceu, a conclusão só pode ser uma: ele está completamente perdido e a melhor coisa que pode fazer a ele mesmo é voltar a estudar Ciência Política.
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