quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Alarme geral em Belém: sete mortos em quatro horas
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Você aí, que está abrindo agora o Espaço Aberto e dormiu cedo ontem, acredite: Belém, das 20h desta terça-feira até por volta das 2h da madrugada de hoje, quarta, virou uma barril de pólvora e um rastilho de boatos que só não conduziram ao pânico generalizado porque já era noite e muita gente dormia.
Tudo começou com a o assassinato do policial militar Antônio Marco da Silva Figueiredo, o cabo Pet. Ele foi executado com dois tiros na Passagem Monte Sinai, esquina da Avenida Augusto Corrêa (veja o local acima, na imagem do Google Maps), no bairro do Guamá, em Belém, por volta das 20h de ontem, quando voltava para casa dirigindo um Celta vermelho (os detalhes na execução em postagem mais abaixo).
Logo depois disso, seis pessoas foram executadas em três bairros - no Parque Verde, no Jurunas e na Terra Firme.
Nas redes sociais e no WhatsApp, no entanto, o número de mortos variava de 6 a 20, de 11 a 26, de 26 a 450 mil.
Nas redes sociais e no WhatsApp, mostravam fotos horrorosas de corpos. Algumas imagens mostravam uns dez cadáveres, um ao lado do outro.
Nas redes sociais e no WhatsApp, foram divulgados áudios em que bandidos vocalizavam suas exultações pela execução do cabo da PM.
Nas redes sociais e no WhatsApp, dizia-se que a PM desencadeava uma caçada ferroz - e desnorteada - em vários bairros da cidade, matando primeiro e perguntando depois.
No Facebook, o sargento PM Rossicley Silva (vejam abaixo) fazia uma "convocação geral" para "dar a resposta".
Realmente, houve uma convocação geral.
O comando geral da PM convocou todos os comandantes de unidades de Belém a deslocarem-se para suas respectivas unidades e acionarem seus efetivos para enfrentar a situação.
Quantos morreram? Seis, dez, 26? Até agora, ninguém sabe ao certo.
Por que seis pessoas foram mortas quase simultaneamente logo após a morte da cabo Pet? Até agora, ninguém sabe ao certo.
Inocentes - entre eles um deficiente físico - foram executados? Até agora, ninguém sabe.
Mas a Segurança Pública, certamente, vai explicar tudo.
Tudinho.
Infelizmente logo logo o caso sairá das manchetes da mídia; cairá nos "rigorosos inquéritos" e daí para as gavetas entupidas da senhora obesa mórbida quase imóvel chamada justiça.
ResponderExcluirLamentável.
Teve um dizendo que eram 110 mortos. Outro dizia que eram gays e negros. E por aí foi.
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