sexta-feira, 15 de agosto de 2014
As redes sociais e seus esgotos
A morte de Eduardo Campos, como tantos outros eventos nestes últimos anos, expõem os esgotos das tais redes sociais naquilo que eles têm de pior. Se é que esgotos, é claro, podem ter alguma coisa boa.
Poucos minutos, poucas horas depois da tragédia que está mudando os rumos da sucessão presidencial no Brasil, telefones celulares, e-mails, tablets, enfim, todos os equipamentos que dão acesso ao mundo virtual começaram a ser inundados por nojeiras disfarçadas de irreverências; ou por irreverências disfarçadas de nojeiras.
Está bem que despeitados, incivilizados não respeitem a memória de adversários.
Está bem que os selvagens da democracia não se dignem liberar um pingo de sensibilidade humana.
Mas será que não dá para respeitar pelo menos os filhos, os familiares mais próximos de personalidades públicas que desparecem assim trágica e subitamente, como foi o caso de Eduardo Campos?
"Mas isso tudo não passa da conformação da bonomia dos brasileiros", dirão os cínicos.
Além de cínicos, são criminosos.
Além de cínicos, são receptáculos dos dejetos que inundam as redes sociais, o respeito, o debate civilizado e o respeito à diversidade - política, inclusive - são as exceções.
Exceções que confirma a regra.
Infelizmente é assim.
Não deveria ser.
Mas é.
Recebi, apaguei e não repassei essas porcarias.
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