A parada é a seguinte.
Nós sempre pensamos que somos piores do que
todos os outros.
Mas os outros também pensam que são – e estão –
muito, mas muito piores do que nós.
Nos últimos dias, depois que o ufanismo
cedeu lugar à normalidade, temos caído de pau sobre a seleção
brasileira.
Dizem muitos que o time de Felipão está bem
abaixo do nível de seleções com as quais poderia, como se dizia d’antanho,
ombrear-se.
Ilusão nossa.
Pura ilusão.
Na Argentina, coleguinhas baixam o sarrafo na
seleção de Messi. E
Maradona Maradona.
Na Alemanha, a Imprensa baixa
o malho no técnico Joachim Löw por causa do desempenho da seleção
contra a Argélia.
Por aqui, há quem defenda que estamos jogando
abaixo, muito abaixo de Argentina e Alemanha.
Na Argentina, dirão que Messi e companhia estão
muito abaixo de Brasil e Alemanha.
Na Alemanha, dirão que nem de longe a seleção
estará no nível de Brasil e Argentina.
É assim.
Nós sempre pensamos que somos piores do que
todos os outros.
Mas os outros também pensam que são – e estão –
muito, mas muito piores do que nós.
Alemanha joga abaixo da Alemanha. Argentina joga abaixo da Argentina. Holanda joga abaixo da Holanda. França joga abaixo da França. O Brasil? Joga abaixo do Chile. Simples.
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