terça-feira, 15 de julho de 2014

Jornalistas e arrogantes. Esses somos nós, jornalistas.

Felipão "orienta" o Brasil no dia dos 7 a 1: e os coleguinhas, por que só agora criticam?
Essa Copa do Mundo tem demonstrado - à farta, à exaustão - que nós, jornalistas, não temos mesmo limites em nossas arrogâncias.
Antes da Copa, coleguinhas, muitíssimos, entraram no oba-oba do ufanismo.
Nessa condição, eximiram-se de exercer o senso crítico para entrar na onda dos que se diziam muito otimistas com a seleção brasileira, aquela mesma que havia conquistado a Copa das Confederações, no ano passado.
Pois é.
Veio a Copa.
E a seleção se mostrou frustrante.
Decepcionante.
Uma tragédia.
Um vexame.
E os coleguinhas?
Fazem de conta que não é com eles.
Não se dignam dizer simplesmente assim: "Desculpem aí. Mas eu errei. Eu também estava certo de que o Brasil seria hexa. E só fui me dar conta de que isso não seria possível quando a Alemanha goleou o Brasil por 7 a 1".
Assim deveria ser.
Mas não é.
Porque nós, jornalistas, realmente não temos limites em nossas arrogâncias.

2 comentários:

  1. Muito pertinente o texto.
    Uma parcela significativa do vexame é de responsabilidade da imprensa esportiva.
    O adjetivo "craque" foi usado e abusado indevidamente.

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  2. Sim, nós somos arrogantes, PB, só que o problema é outro. A onda de pachequismo é global e os jornalistas da globo e afiliadas não podem ir de encontro ao pachequismo institucional da emissora. Eles são obrigados a fazê-lo, para que os otá, digo telespectadores, assistam ao futebol, inclusive às 22 horas.

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