Haja candidatos do governador. Duciomar é o quinto.

Enfim, o segredo se desfez.
O mistério se esvaneceu.
Dissipou-se.
Duciomar Costa, na undécima hora, foi desistido de concorrer ao governo do Estado.
Sim, ele propriamente não desistiu.
Foi forçado, compelido, obrigado a desistir pelas circunstâncias.
O dotô não conseguiu formar uma coligação de partidos que viabilizasse sua aventura eleitoral.
Mas vocês apostem no seguinte: isso aí era previsível desde o dia seguinte ao que Duciomar deixou o cargo de prefeito de Belém, decretando o fim de um período de oito anos em que ele se transformou no huno, o pior gestor da cidade em 800 anos - os quatro séculos que estão para se consumar e os quatro do porvir.
Desde então, sabiam todos que Duciomar não concretizaria suas pretensões de ser candidato ao governo.
Sabiam todos que essa história de terceira via não passava de uma brincadeira de mau gosto.
Primeiro, porque passaria a ser um escárnio à população do Pará ter como candidato ao governo um cidadão que desgovernou a sua capital por oito anos.
Segundo, porque Duciomar não conseguiria, em hipótese alguma, atrair partidos para o que ele chamava de nosso projeto, porque projeto nunca houve.
Terceiro, porque os partidos que sobraram para Duciomar formar uma coligação são de tal forma inexpressivos que o ex-prefeito não conseguiria ter mais do que um minuto.
Resultado: o dotô vai ser mais um candidato do governador ao Senado.
Será o quinto, que disputará espaços e votos com os outros quatro - Mário Couto (PSDB), Helenilson Pontes (PSD), Jefferson Lima (PP) e Marcela Tolentino (Solidariedade).
Haja candidatos do governador.
Simão Jatene, o governador, vai mesmo apoiar todos?
E todos vão mesmo pedir a seus eleitores que votem no governador?
Ou será cada um por si e todos por ninguém?