quarta-feira, 9 de julho de 2014
As vaias, a intolerância, a crueldade
Muito ruins cenas como essa, né?
Realmente muito dolorosas.
Um cara como David Luiz, por exemplo, não deveria estar chorando.
Nem deveria estar se desculpando.
Porque não tem culpa de nada.
Porque foi o cara da seleção.
Realmente foi.
Ele e vários outros não merecem as vaias que ouviram ontem, no Mineirão, durante e depois da goleada que a Alemanha no Brasil aplicou por 7 a 1.
Fred, inclusive ele, também não merece as vaias.
Sim, ele jogou mal.
Muito mal.
Decepcionou quem esperava fosse repetir a sua performance na Copa das Confederações.
Mas é muito ruim debitar na conta de um só - ou dois, ou três ou quatro - a responsabilidade por tragédias como a de ontem.
A seleção inteira não foi bem.
E deixou de ir bem não porque quis. Mas porque, infelizmente, não conseguiu se encontrar em toda a competição, apesar de ter chegado às semifinais.
Está bem que Fred e outros não devam ser aplaudidos, porque renderam muito aquém do que se esperava deles.
Mas vaiá-los e tentar humilhá-los é cruel demais.
Tratá-los como bodes expiatórios é uma injustiça.
Tratá-los como se fossem criminosos é um exagero.
O silêncio, talvez, fosse preferível às vaias e outras agressões.
O pessoal aqui da redação nunca vaiou seus times.
Nunca.
Jamais.
Não os aplaude quando jogam mal.
Mas também não os vaia.
É o time da gente.
Do coração da gente.
É o time com o qual nos identificamos.
Da mesma forma a seleção.
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