terça-feira, 17 de junho de 2014
Trajano x Reinaldo Azevedo. Vocês decidem.
Assistam.
Não percam.
É imperdível esta, digamos assim, troca de juízos entre José Trajano, o chefe da equipe de Esporte da ESPN Brasil e o jornalista Reinaldo Azevedo, que tem um dos blogs mais lidos do país.
A troca de juízos é referente aos xingamentos à presidente Dilma Rousseff na última quinta-feira, por ocasião da abertura da Copa do Mundo.
Primeiro, vejam acima as declarações da Trajano.
Depois, leiam a defesa de Reinaldo Azevedo, que disse, entre outras coisas, o seguinte:
É preciso ser muito vigarista para criticar os que “não respeitam a opinião alheia”, atacando, em seguida, quatro pessoas que não estão presentes para se defender, que absolutamente nada tinham a ver com a questão e que não podiam, sob qualquer pretexto — exceto o ódio, a intolerância —, ser responsabilizadas por aqueles que, exercendo seu sagrado direito de divergir, resolveram discordar da opinião de Trajano e da de seus outros “camaradas”. Ao fazê-lo, ele estava sendo… tolerante? Se nunca toquei no nome dele, se não escrevo sobre esportes, se nem mesmo o conhecia, ele me agride por quê? Ah, é que sou considerado um crítico do PT, um conservador, até mesmo um “direitista”, entendem? E o tal acha que gente assim merece ser achincalhada. Trajano cobra tolerância com os que são de sua laia para que ele possa mandar para o paredão os que não são. Pai, mãe, se vocês, ainda assim, quiserem assistir à ESPN, tirem ao menos as crianças da sala.
Bem, é um comportamento compatível com gente que sustentou ser muito justo mandar a Fifa “tomar no c…”, mas que considerou um crime de lesa-pátria dirigir tal impropério a Dilma. Também se perguntou na ESPN por que nunca ninguém mandou Paulo Maluf fazer tal coisa. Entendo! Com Maluf, então, seria justo, mas não com Dilma!!! Assim, não é que Trajano, seus pares e a ESPN considerem inadequado mandar que os outros “tomem no c…”. Só não se pode fazer isso com as pessoas erradas, com os “progressistas”. Com os “reacionários” — ainda que Maluf seja hoje um reacionário aliado ao PT —, pode. Para Trajano e sua trupe, mandar “tomar no c…” um sujeito procurado pela Interpol é aceitável. Mas fazer isso com a turma que elevou o orçamento da refinaria de Abreu e Lima de US$ 2,5 bilhões para US$ 19 bilhões é um atentado ao bom gosto, ao bom senso e à cidadania.
É assim.
Não devia ser tanto assim.
Mas é.
Como de hábito, Reinaldo Azevedo distorce o sentido das declarações de quem quer atacar. Deixou de ser jornalista para abraçar a carreira de cabo eleitoral virtual. Trajano não defendeu ofensas à ninguém, apenas mostrou como possui posição política aquela platéia do Itaquerão que, no seu entender, xingou Dilma mas se calaria frente a Maluf.
ResponderExcluirR A continua regando sua vida "profissional" com factóides, porque há quem o leia e repercuta, infelizmente.
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