Lira Maia: "Qualquer candidato a cargo executivo nas eleições deste ano no Pará está sendo processado" |
O deputado federal Lira Maia (DEM), anunciado
como candidato a vice-governador na chapa do peemedebista Helder Barbalho, em
aliança com o PT, garante que não houve nenhuma gota d’água para que sua
legenda debandasse da coligação liderada pelo PSDB do governador Simão Jatene.
“Não houve nenhuma desavença pessoal entre mim o
governador. Há um respeito entre nós. O que houve, em verdade, foi que o
projeto do PSDB para as eleições deste ano deixou de contemplar as aspirações e
o espaço pretendido pelo DEM. Basicamente foi isso”, explicou Lira Maia em
contato por telefone, ontem, com o Espaço Aberto .
O deputado não soube precisar quando teve um
contato pessoal com Jatene pela última vez. “Não posse lhe dizer o mês com
exatidão, mas acho que foi no início deste ano”, disse Lira Maia. No encontro,
segundo ele, o partido pleiteou participação na chapa majoritária, ou na chapa
que disputaria o governo
do estado ou na que concorreria ao Senado.
De lá para cá, segundo Lira Maia, não houve mais
contato entre ele e Jatene. “Àquela altura [no início do ano], é claro, o
governador não poderia me dar uma resposta definitiva sobre o assunto. Mas eu
permaneci conversando depois com os articuladores do governo. E todos sabiam
claramente que o nosso projeto era este: participar da chapa majoritária.
Oferecemos sugestões, esperamos, demos prazo e chegamos à conclusão de que o
projeto do nosso partido não estava contemplado nos planos do PSDB. Restou-nos,
então, a alternativa de apoiar a chapa encabeça pelo candidato Helder
Barbalho”, contou Lira Maia.
E o PT local? E o PT em Santarém e no Baixo
Amazonas, que sempre teve no DEM e em sua maior liderança na região, justamente
o deputado Lira Maia, adversários ferrenhos e inflexíveis, como será
administrado, portanto, o posicionamento do PT em relação à presença do
parlamentar na chapa majoritária de candidato que fará dobradinha com os
petistas em âmbito estadual?
Lira foi sucinto, quase monossilábico, ao
responder a essa questão que lhe foi apresentada pelo Espaço Aberto : “Bem,
quanto a isso, eu não sei. Quanto à decisão de outros partidos, não posso lhe
dizer. O que eu posso lhe dizer é que, de minha parte e do DEM, estaremos
integrados a um projeto para ganhar a eleição.”
Classificando de “excelente” a repercussão, em todo o Baixo Amazonas ,
ao anúncio de seu nome como vice na chapa do PMDB que disputará o governo, Lira
Maia enfatizou ao blog que o relacionamento político entre o DEM e o PSDB no
município de Santarém, governado pelo tucano Alexandre Von, permanecerá
inalterado.
“De maneira alguma a nossa aliança no plano
estadual vai afetar o relacionamento entre DEM e PSDB no plano municipal.
Continuaremos apoiando o governo do prefeito Alexandre Von e tenho certeza de
que o governo do PSDB em Santarém continuará a prestigiar o nosso partido.
Considero essa postura um gesto de grandeza e de maturidade política de todos
nós”, resumiu Lira Maia.
Processos
Réu
em quatro ações penais e investigado em dez inquéritos
que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado não considera que
esse fato se torne um flanco aberto capaz de ser explorado politicamente na
campanha que vem por aí.
“Qualquer
candidato que disputará cargo executivo nas eleições deste ano no Pará está
sendo processado. Qualquer um. Então, eu não sou exceção. Os processos que
moveram contra mim têm, todos eles, origem política decorrente das disputas
locais. Desde 1998 que tem sido assim. Vários desses processos estão arquivados
e outros estão a caminho do arquivamento. Eu estaria preocupado se houvesse
condenações em alguns desses processos contra mim. Mas não há condenação
Quer dizer que todos respondem a processos? Seria bom provar antes de falar. De qualquer modo, se for isso mesmo, nota-se o porquê de não acreditar-se nessa classe. Uma lástima, se for verdade, é claro.
ResponderExcluirJader Barbalho responde a processos há muitos anos e, excluindo aquele episódio em que ele foi preso e algemado, nada aconteceu.
ResponderExcluirLira Maia responde a processos e nunca "pegou" nada com ele.
É a chamada procrastinação alavancada por suportes financeiros que fazem a alegria de advogados.
E o eleitor de cabresto, os desinformados e os que votam por conveniência vão reelegendo esses e outros tantos que sabem que as leis são feitas para os pobres.
É muita cara de pau do Lyra Maia dizer isso: todo candidato está com bronca na justiça. Lyra Maia! Não é isso que o povo quer, quando os políticos não tem a minima vergonha de justificar os seus problemas comparando com os dos outros, ou seja,somos farinha do mesmo saco, tenho medo, tenho ânsia de vômito da cara de pau de um home que se diz líder em Santarém.
ResponderExcluirAs coligações no PARÁ e no BRASIL, já teve de tudo, e não sei porquê, o espanto com a união do DEM com o PMDB e o PT.
ResponderExcluirNa eleição de 1998, JADER DO PMDB se coligou com o DEM de VIC.
Em São Paulo, o PT se coligou o PP de PAULO MALUF, para eleger FERNANDO HADAD, e repetiu a dobradinha para eleger ALEXANDRE PADILHA ao Governo de SP.
Em Belém Edmilson Rodrigues, do PSOL, que nunca mais queria saber do PT, no segundo turno voltou ao PT pedindo ajuda, para tentar ganhar do ZENALDO.
A própria ARENA se uniu ao MDB, no colégio eleitoral, para eleger TANCREDO NEVES, e em troca JOSÉ SARNEY seria o VICE.
E o PSDB inimigo do PT, se uniu com o PT para derrotar PAULO MALUF, e conseguiu, elegeu MARTA SUPLICY.
E o PSD do DUCIOMAR se coligou com o PSDB para derrotar ANA JÚLIA DO PT, e depois, o DUCIOMAR se uniu ao PT, para derrotar ZENALDO.
Por isso, não vejo as razões para tanto espanto com a coligação do DEM com o PMDB e o PT.
A muito tempo ideologia deixou de ser razão para motivar as coligações