quarta-feira, 5 de março de 2014
Petistas que apoiam aliança lançam proposta tática
Representantes de tendências do PT do Pará que apoiam uma aliança com o PMDB já no primeiro turno, para as eleições de outubro, protocolaram nesta semana, na sede estadual do partido, o que chamam de proposta tática.
No documento, obtido com exclusividade pelo Espaço Aberto, os signatários reconhecem que "o ideal seria uma aliança liderada por uma candidatura do PT com apoio dos demais. Todavia, reconhecemos como também legítima a reivindicação do PMDB de apresentar o candidato da aliança ao Governo do Estado. Ademais, embora o PT tenha vários e bons quadros para assumir tal missão, reconhecemos que do ponto de vista eleitoral o candidato do PMDB situa-se em melhores condições na atualidade para nos levar a uma vitória nas eleições de outubro próximo. E, se a Ampla Aliança é a Tática Eleitoral mais acertada para o PT-Pará em 2014, então que ela seja posta em prática já no primeiro turno das eleições, impondo às candidaturas adversárias do nosso projeto uma derrota decisiva, tanto no Pará quanto ao nível federal."
Os apoiadores de uma aliança que teria como candidato ao governo o peemedebista Helder Barbalho e ao Senado o petista Paulo Rocha pedem, ao final, que a Comissão Executiva do PT-Pará "apresente e defenda no interior das instâncias da aliança ampla, os demais interesses do nosso Partido no Estado."
A pretensão de concretizar a coalizão com o PMDB colide com a intenção dos representantes de uma frente de petistas, que no dia 17 de fevereiro lançaram o nome do deputado federal Cláudio Puty como pré-candidato do próprio PT ao governo.
Em declarações ao Espaço Aberto, no dia 20 de fevereiro, Puty reiterou que será candidato a governador pelo PT, se assim decidir o Congresso do partido. "Até lá, percorrerei o Estado, reunirei com lideranças, exporei minhas ideias e mostrarei que a melhor tática para a oposição vencer a máquina pública e a hegemonia tucana não é ficarmos todos no mesmo lugar para sermos golpeados, mas agruparmos os setores sociais descontentes em torno de plataformas claras e partidariamente identificadas no primeiro turno para, no segundo, saber quem então vai apoiar quem. Eu sigo confiando na força do PT e de sua militância. Por isso confio na vitória", afirmou o deputado.
Abaixo, a íntegra do documento protocolado pelos apoiadores da aliança PT-PMDB já no primeiro turno.
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Belém, 22 de Fevereiro de 2014
Ao Presidente do Partido dos Trabalhadores no Estado do Pará
Ilustríssimo Senhor Presidente,
Os signatários deste, todos filiados ao Partido dos Trabalhadores no Estado do Pará, em cumprimento ao que estabelece a Resolução do Diretório Nacional de nosso Partido no que tange as definições de Tática Eleitoral para as eleições majoritárias de 2014, em cada Estado da Federação, apresentam a Vossa Senhoria, nesta data, as considerações abaixo, com solicitação de registro junto a Comissão Executiva do PT/Pará, a fim de que o assunto possa vir a debate no interior do corpo partidário e, em tempo hábil, produza as deliberações referentes à matéria em discussão.
DAS CONSIDERAÇÕES:
1. O PT completa, ao final do ano de 2014, um ciclo de 12 anos à frente da Presidência da República de nosso país. Como sabemos os oito primeiros anos foram liderados pelo companheiro Lula e os quatro restantes estão sendo conduzidos sob a liderança da companheira Dilma;
2. É de domínio público o grandioso sucesso político-administrativo alcançado pelo governo federal sob a liderança dos dois petistas acima citados. Seria cansativo enumerar aqui a quantidade de políticas públicas inovadoras que nosso Partido pôs em marcha nos últimos anos no país, promovendo avanços políticos, econômicos e sociais incalculáveis para o povo brasileiro, com benefícios explícitos para a população mais excluída de nossa sociedade;
3. Na base desse sucesso publicamente reconhecido, está a capacidade e o compromisso social dos nossos governos, com destaque ao acerto político que significou as deliberações partidárias que optaram por construir, em torno de nossas propostas, uma forte aliança partidária que vem garantindo ao longo do tempo, a governabilidade necessária para a implantação das políticas públicas inovadoras que estão mudando a sociedade brasileira;
4. Nossa estratégia para a transformação social do Brasil é exatamente essa: uma política de acúmulo de forças na institucionalidade, com a consequente ocupação de espaços desde os movimentos populares e sindicais, passando pelas prefeituras municipais, parlamentos, governos estaduais e governo federal. Todavia, não estamos sozinhos nessa vontade política de ocupar os espaços da institucionalidade. No dia a dia, para ocupar cada espaço em disputa, enfrentamos, desde grupos e partidos com posições de extrema direita, até grupos e partidos com posicionamento de extrema esquerda. Nesse contexto, as alianças partidárias e as coligações eleitorais de centro-esquerda ganham papel decisivo para garantiras vitórias necessárias, para garantir a governabilidade dos processos e para que o acúmulo político almejado seja contínuo;
5. Em 2014 haverá novas batalhas pela ocupação dos espaços institucionais que conduzem a política no país. Ao nível federal, é imprescindível a reeleição da companheira Dilma e a conquista de uma maioria na Câmara e no Senado Federal.Para tanto, as táticas eleitorais de cada estado precisam combinar objetivos estaduais com os nossos objetivos partidários do nível federal;
6. No Pará, estamos a quatro anos presenciando o desmonte de todos os avanços que a classe trabalhadora e a população do Pará conquistaram durante o governo democrático e popular da Ana Júlia. Ao passo que o país segue avançando nas mudanças e na construção de um projeto de nação autônomo e soberano,nosso estado esta na contra mão do Brasil, reproduzindo a trajetória histórica de exploração predatória dos seus recursos naturais, num modelo que concentra renda e perpetua a pobreza do seu povo, não avança na geração de empregos, promove os autos índices de violência e os graves problemas nas áreas de saúde e educação. Assim, o Pará está correndo o risco de perder a oportunidade de acompanhar o ciclo que, na próxima década, trará ao Brasil um desenvolvimento econômico e social nunca antes visto na história.
7. Assim, acreditamos que nossos objetivos nas eleições 2014 são reeleição da presidenta Dilma Rousseff, a derrota do PSDB no Estado, a manutenção ou ampliação do número de nossas bancadas de deputados federais (04) e estaduais (08), e a eleição de um senador. Para tal devemos definir uma tática eleitoral de ampla aliança com os partidos da base de sustentação do governo federal. Tal aliança precisa ser forte o suficiente para derrotar a candidatura do PSDB no Estado;
8. O ideal seria uma aliança liderada por uma candidatura do PT com apoio dos demais. Todavia, reconhecemos como também legítima a reivindicação do PMDB de apresentar o candidato da aliança ao Governo do Estado. Ademais, embora o PT tenha vários e bons quadros para assumir tal missão, reconhecemos que do ponto de vista eleitoral o candidato do PMDB situa-se em melhores condições na atualidade para nos levar a uma vitória nas eleições de outubro próximo. E, se a Ampla Aliança é a Tática Eleitoral mais acertada para o PT-Pará em 2014, então que ela seja posta em prática já no 1º turno das eleições, impondo às candidaturas adversárias do nosso projeto uma derrota decisiva, tanto no Pará quanto ao nível federal.
PROPOSIÇÃO:
"Que nas eleições majoritárias de 2014 no Pará, o Partido dos Trabalhadores faça parte de uma Ampla Aliança dos Partidos da Base de Sustentação do Governo Federal, apoiando desde o 1º turno, a candidatura de Helder Barbalho ao Governo do Estado, e reivindicando o apoio de todos os partidos para a candidatura do companheiro Paulo Rochaao Senado, assim como verticalização da aliança majoritária nas chapas proporcionais;
"Que a ampla aliança seja articulada em torno de um Eixo Programático para ser posto em prática pelo futuro governo, à luz das políticas públicas hoje implementadas pelo governo federal e nas experiências exitosas do Governo do PT no Pará. Que o futuro governo seja conduzido à luz dos princípios de uma Coalizão de Partidos;
"Que a Comissão Executiva do PT-Pará apresente e defenda no interior das instâncias da aliança ampla, os demais interesses do nosso Partido no Estado.
Assinam:
Advonsil Cândido Siqueira; Airton Luiz Faleiro; Alfredo Cardoso da Costa; Antônia Carvalho de Albuquerque; Apolônio Parente Brasileiro; Bernadete Ten Catem; Carlos Alberto Barros Bordalo; Carlos Augusto Santos Silva; Carmem Lúcia Guimarães Santiago; Cássio Nogueira da Conceição; Dilvanda Furtado Faro; Dirceu Tem Caten Pies; Elias Guimarães Santiago; Elizeth Cristina Vieira Costa; Emerson Cláudio Martins Caldas; Enéias de Oliveira Maciel; Erica Veiga de Souza; Esmerindo Batista; Euci Ana da Costa Gonçalves; Everaldo de Souza Martins Filho; Fernandes Martins Pereira; Geraldo Irineu Pastana de Oliveira; Ivanise Coelho Gasparim; Jaciele Lopes Feitosa; Jakelyne Alves Costa; João Batista Barbosa da Silva; Jorgiene dos Santos Oliveira; José Cristiano Martins Nunes; José Geraldo Torres da Silva; José Maria de Souza Melo; José Raimundo Pompeu Portilho; José Roberto Faro; Laércio Rogrigues Pereira; Lenita Cruz de Souza; Lindalva Aragão da Costa e Silva; Luana Gomes do Nascimento; Lucivaldo Ribeiro da Costa; Luiz Gonzaga Leite Lopes; Manoel Raimundo Carvalho Moraes; Marcos Antônio Pereira de Oliveira; Maria Antônia Silva de Arcanjo; Maria de Jesus dos Santos Lima; Maria de Nazaré Costa da Cruz; Maria Edina Moura de Oliveira; Maria Lúcia Machado; Maria Rosilene Freitas da Silva; Mauro Menezes da Silva; Milton Zimmer Schneider; Mônica de Almeida; Nazareno de Souza Santos; Otávio de Souza Pinheiro Neto; Raimundo Cesar da Costa Ferreira; Raimundo Nonato Santana; Raquel de Jesus Castro; Regiany Nascimento da Silva; Rita da Luz Serra; Sharles Rodrigues Peixoto; Shirley Rosana Ribeiro Pereira; Valdir Ganzer.
A crise do PT continua no Pará
ResponderExcluirNo encontro do PT municipal que vai acontecer, nos dias 14 e 15 de março, os grupos petista defensores da candidatura e os que são favorável a alinça com o PMDB, vão com a faca no dente e mordendo fio descascado, as correntes majoritária do PT querem fazer meio dia de encontro, porque na sexta feira 14/03, será para credenciamento dos delegados e abertura do encontro, debate só dia 15/03, durante amanhã, é tanto que não vai ter almoço para os participantes. A direção quer discutir estratégia eleitoral, e não quer discutir tática eleitoral, algo improvável num ano de eleição, porem, a DS mais e outras tendências menores vão enfiar a faca no dente e vão forçar o debate da tática, junto com eles estão os descontentes, que formalizaram a chapa e vez da militância no último PED, militantes que gravita em varias tendências, que tem lutadores, como o presidente de distrito como d’água, o maior distrito eleitoral de Belém, que engloba os bairros de Guamá, Cremação, Terra Firme, Condor e Jurunas, a ideia dessa galera é fortalecer a candidatura própria, a atmosfera política do PT passa muito pelo encontro municipal.
Jorge Parente
"... todos os avanços que a classe trabalhadora e a população do Pará conquistaram durante o governo democrático e popular da Ana Júlia."
ResponderExcluirCuma? Ondi, cumpanheru?
Se tava esse paraíso todo, por quê a população detonou essa "maravilha" no primeiro turno, hein?!
Infelizmente, nada de novo aparece na política paraense; só mediocridade; escapa de cumpanheru , cai em tucano.
Agora, querem pintar com as tintas do paraíso cenográfico a candidatura barbalhista!
Meu Deus!
Que castigo! pobre Pará.
Os eleitores do Partidos dos Trabalhadores foram desmoralizados, pois esta aliança com a família Barbalho significa uma baita traição.
ResponderExcluirSe o senado é que é prioridade, por que lançar um candidato que está inelegível como é o caso do Paulo Rocha ? Assim entregam a eleição por Mário Couto.
ResponderExcluirO PROBLEMA NÃO É PMDB É A BARBALHADA!!!! DAR PRA ENTENDER ISSO......
ResponderExcluirCANDIDATURA PRÓPRIA JÁ!!!