quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Servidores cometem violência ao parar meia Belém

Olhem aqui, meus caros.

Entendamos-nos sobre o seguinte, pra começo de conversa: o poster também é funcionário público? Entenderam? Também é.

Querem saber mais? Servidores públicos são, sim, estigmatizados, são tratados muitas vezes com vagabundos, indolentes, mas sequiosos apenas por vantagens e mais vantagens.

Essa é uma concepção preconceituosa. E errônea. E equivocada. E injusta.

Ao contrário, a esmagadora maioria do funcionalismo público é formada por trabalhadores dignos, que merecem uma boa remuneração, como também vantagens compatíveis com a relevância da função que exercem.

Portanto, o poster, como servidor público, apoia qualquer manifestação que pugne, legitimamente, por melhorias para os servidores públicos, em qualquer nível – federal, estadual ou municipal.

Entenderam bem? Esse é um ponto.

O outro ponto é o seguinte: nós, servidores públicos, no exercício de nossos legítimos direitos de protestar, não podemos submeter, não podemos subjugar, não podemos parar uma cidade inteira – ou mesmo meia cidade.

Belém – ou meia Belém – está parada, meus caros.

Literalmente parada.

O bairro de Nazaré, todinho, está um caos.

Um caos absoluto.

O repórter aqui passou 48 minutos – quase uma hora, meus caros – para vencer de carros apenas quatro quarteirões, num percurso que normalmente é feito em 10 ou 15 minutos. No máximo.

Por que o caos?

Porque 100 ou 200 servidores públicos fecharam a avenida Nazaré, em frente ao CIG (Centro Integrado de Governo), próximo à travessa Benjamin Constant.

A manifestação dos servidores é legítima? Sim. É legítima.

Eles têm o direito de se manifestar? Claro que sim. Tem o direito de se manifestar não apenas todo dia, mas o dia todo.

Mas não têm o direito de fechar a rua.

Não têm o direito de impedir o ir e vir das pessoas.

Não têm o direito de ofender o direito dos outros.

Não têm o direito de afrontar as leis, a título de defender outras leis, que lhes garantem direitos.

Não têm o direito de parar meia cidade, impondo constrangimento a milhares de pessoas que nada têm nada a ver com os protestos de trabalhadores de qualquer categoria profissional.

Não, os servidores públicos não têm esse direito.

Nem eles, nem jornalistas, nem médicos, nem advogados, nem professores, nem pedreiros, nem coveiros – enfim, ninguém.

Absolutamente ninguém.

Defender direitos próprios não representa um álibi para cometermos violência.

E parar uma cidade – ou meia cidade -, submetê-la, subjugá-la, deixá-la refém dos protestos de 100 ou 200 pessoas que estão fechando uma rua é, sim, uma violência.

Uma configurada violência.

Ou não?

3 comentários:

  1. Então o jeito é protestar no facebook e nos blogs. Juntar 5 pessoas e tentar ser atendido pela autoridade pública competente, de preferência indo de carro para a respectiva repartição. Servidores são dignos de respeito, mas servidores que protestam são vagabundos e caso de polícia. Parabéns por defender o indefensável e promover o que a classe média mais média profere: vamos mudar as coisas, vamos fazer uma revolução, mas sem quebrar a bastilha, por favor.

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  2. fechar ruas só me faz acreditar que o motivo é a baderna. E ainda fecham pensando que esse direito está assegurado na Constituição. Quanta burrice cívica! A culpa é da polícia e ministério público, que não fazem termos de ajuste de condutas impondo multas pelo descumprimento.

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  3. Na minha visão: Se escolhermos de forma aleatória 10 funcionários públicos teremos o seguinte resultado: 03 deles servem população são os chamados ORGULHO DA CATEGORIA; 02 deles só sabem fazer e pensar em greve exclusivamente por melhorias salarias e mordomias esses são os SEMPRE EM ESTADO DE GREVE; 01 aparece ao trabalho/órgão, entretanto fica somente no computador navegando nas redes sociais, blog, face, etc..esse é o ESTOU AQUI,MAS NÃO FAÇO NADA; 02 só sabem apresentar atestado médico falso para justificar a falta ao trabalho esses são os DOENTES; e por fim outros 02 estão ali exclusivamente para furta o erário/cofre público, montar quadrinha, falsificar licitações, ou seja são os LADRAVAZ.

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