O presidente nacional do PT, Rui Falcão, passou por Belém no último final e foi embora sem concretizar um anseio: encontrar-se com o vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, do PSD, o partido do ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab.
Falcão esteve em Belém para tratar é claro, de política. E para tratar, mais do que isso, sobre alianças eleitorais para o pleito de outubro 2014.
Foram fartas as declarações do presidente petista e de lideranças do PMDB de que ambas as legendas vão mesmo se unir para as eleições de outubro, cabendo a candidatura ao governo ao peemedebista Helder Barbalho e a vaga ao Senado, ao petista Paulo Rocha.
Mesmo assim, Falcão queria porque queria conversar pessoalmente com Helenilson, mas desconhecida que ele não se encontrava na cidade. Chegou até a ligar para o vice-governador, que continua em viagem de descanso aos Estados Unidos, mas mesmo assim atendeu ao telefone.
Ao que tudo indica, a conversa pessoal entre ambos ficou para outra oportunidade. O interesse de Falcão desperta a curiosidade diante das especulações de que Helenilson, caso seja mesmo o candidato ao governo do Estado com o apoio do PSDB, seria mais um palanque do governo Dilma no Pará.
"Mas se isso ocorrer, só faltará o boi avuar", dirão vocês, diante da cogitação de uma aliança entre o PT e o PSD, com o apoio lateral, digamos assim, dos tucanos no Pará.
Pois é.
Engenharia política nesse sentido seria não apenas estranha, mas bem difícil de ser concretizada, ainda que se admita a possibilidade da prevalência de interesses regionais sobre os nacionais.
E tem mais: a resistência dos tucanos à possibilidade de que o governador Simão Jatene, uma vez desistindo de concorrer a um novo cargo eletivo, passe a apadrinhar a candidatura de Helenilson.
Jatene conseguiu fazer um governo tão ruim que deixou o PSDB até sem candidato que se leve a sério e um vice que flerta com o PT. Verdade seja dita, até Ana Júlia se saiu melhor, pelo menos teve coragem de ser candidata e defender seu governo até o fim unindo o PT na campanha, perdeu, mas não por anemia, preguiça ou frouxura.
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