Zé Geraldo (PT-PA): sem aliança, petistas perderiam tanto para o governo do Estado como para o Senado |
O lançamentoda pré-candidatura do deputado federal Cláudio Puty ao governo do Estado pelo
PT, em contraposição à aliança que o partido pretende fazer com o PMDB, que
indicaria Helder Barbalho ao governo, em dobradinha com Paulo
Rocha para o Senado (PT), começa a ter leituras e avaliações
bem diversas das que pretendem propagar alguns segmentos petistas, quando
defendem a tese da candidatura própria, pelo menos no primeiro turno.
O deputado federal Zé Geraldo é uma das
lideranças do PT que prefere reduzir a criação dessa frente a nada mais, nada
menos do que a expressão daquilo que, em conversa com o Espaço Aberto
por telefone, classificou de “um momento de dificuldades por que vem passando a
Democracia Socialista”.
Uma das tendências – ou alas, como preferem
muitos petistas – internas do PT, a Democracia Socialista, a DS, nunca foi
expressiva, inclusive e sobretudo no Pará. Mas encorpou bastante por aqui,
quando dois de seus integrantes ascenderam ao cenário político no Estado.
Uma das integrantes que subiram de cotação no
cenário político paraense foi Ana Júlia Carepa, que se elegeu a primeira
governadora do Pará em 2006 e, antes disso, já vinha despontando como uma das principais
lideranças e puxadoras de voto do PT,
como nas eleições em que se elegeu deputada federal e posteriormente senadora.
A outra estrela da DS foi Cláudio Puty, que
terminou o governo Ana Júlia na condição de todo-poderoso chefe da Casa Civil
e, por conta disso, acabou se elegendo com 120.881 votos, o terceiro mais votado
entre os quatro deputados federais do PT que se elegeram em 2010.
Zé Geraldo avaliou para o Espaço Aberto
que a DS encontra-se atualmente num dilema: só tem dois candidatos para lançar
a deputado – justamente Ana Júlia e Puty. E sabem todos, no PT e fora dele, que
apenas um deles vai se eleger. É aí, na opinião de Zé Geraldo, que podem se
concentrar as motivações que animam parte dos petistas a apoiar a frente
aprovada na última segunda-feira à noite.
“DS
atravessa momento difícil”
“A pré-candidatura do Puty é resultado desse
momento difícil que a DS vem atravessando. E ele próprio também está numa
situação difícil, porque sabe que a DS tem dois pretendentes a disputar o
mandato de deputado federal. E o Puty, se concorrer juntamente com a Ana Júlia,
não se elegerá. Ele sabe disso. Por isso é que coloca seu nome como
pré-candidato ao governo, porque ele não tem nada a perder com isso”, avalia Zé Geraldo.
O deputado admite com válido o debate que se
pretende travar em torno de uma eventual candidatura própria do PT, mas acha
que dificilmente conseguirá entusiasmar e convencer a ampla maioria petista em
acolher a tese da candidatura própria.
“A intenção, como o Puty diz, é fazer um debate,
que ainda nem tem data marcada. Mas acho que será um debate infrutífero. O PT
não tem chance eleitoral nenhuma se lançar candidato próprio a governador e
esse candidato for o próprio Puty. Teria que ser um candidato com maior
densidade eleitoral, como a própria Ana Júlia ou mesmo o Paulo Rocha. O meu
nome mesmo já chegou até ser cogitado. Mesmo assim, não temos condições nenhuma
de ganhar se não fizermos uma aliança com o PMDB”, afirma Zé Geraldo.
“Acho que o PT não pode disputar eleição apenas
para marcar posição, como aconteceu no ano passado, nas eleições municipais em
Belém. A candidatura do Alfredo Costa, como se viu, foi um fiasco porque o
partido se contentou em marcar posição com um candidato próprio. Para o
governo, se fizermos a mesma coisa, o partido vai mostrar fraqueza e poderá
perder a eleição tanto para o governo como para o Senado”, adverte o
parlamentar.
Ele admitiu que, no último ano do governo Ana
Júlia, notabilizou-se com uma das poucas vozes petistas, senão a única, que
publicamente foi à tribuna da Câmara para criticar de forma contundente o PMDB,
acusado de boicotar o governo Ana Júlia ao unir-se aos tucanos para criar
obstáculos à aprovação, na Assembleia Legislativa, de empréstimos do governo
federal que àquela altura eram vitais para administração estadual. O Espaço Aberto
publicou na época das postagens (leia aqui e aqui) divulgando as críticas de Zé Geraldo.
“Fiz pronunciamentos em que preguei uma mobilização popular em defesa do Pará. Naquele momento, o governo Ana
Júlia estava em um momento de fragilidade e o próprio PT se encontrava dividido
em relação à política de alianças. Eu, então, acabei ficando sozinho na
história, mas não deu outra: perdemos as eleições”, recorda Zé Geraldo.
O
parlamentar considera, no entanto, que as críticas feitas ao PMDB, em 2010, eram
pontuais e decorriam de um momento que exigia o posicionamento público do PT.
Agora, diz Zé Geraldo, as circunstâncias são outras. E apontam para a aliança
com o PMDB como o caminho mais viável para contemplar as pretensões eleitorais petistas.
Nós de Bragança fechamos com PUTY. Fora Helder! Fora Simone! Fora com os Barbalho!
ResponderExcluirA posição do deputado Zé Geraldo, a respeito de candidatura própria do Partido dos Trabalhadores ao governo do Pará, reflete um comportamento generalizado das lideranças partidárias do grupo político hegemônico, cujo comportamento vem fazendo o partido perder importância no quadro local, levando-nos à condição de mera moeda de troca a ser usada pela direção nacional.
ResponderExcluirCom efeito, desde que essas lideranças passaram a ser nossos representantes no Poder Legislativo, notadamente no plano federal, o PT trocou o protagonismo nos grandes debates da conjuntura por uma postura que passou a dialogar em silêncio com corporações e segmentos sociais, transformando esses mandatos em instrumentos dos interesses desses segmentos e corporações. Claro que isso é extremamente positivo na medida em que reflete uma postura política pautada no compromisso de estar ao lado daqueles que os ajudaram a conquistar seus respectivos mandatos.
No entanto, isso não responde por tudo aquilo que se espera de um parlamentar eleito por um partido de esquerda, principalmente em um estado com tantos problemas estruturais surgidos após o fim de um ciclo econômico que nos legou o retorno à condição de província, em que nossas riquezas continuam a ser exploradas economicamente com ganhos mínimos para a nossa população, sob a conivência de um sem número de oportunistas que não demonstram o mínimo pudor em expor a distância existente entre suas intenções e gestos, traduzidos pela omissão conivente quando lhes convém, como é o caso da famigerada Lei Kandir ou na cumplicidade com a Vale; auto absolvendo-se, com o mesmo cinismo, recorrendo ao esfarrapado discurso da discriminação ao Pará, como se a inoperância e má-fé de décadas de mandatos tivessem seus fracassos justificados por esse álibi mambembe, espécie de versão tecnobrega da 'Teoria Conspiratória'.
Por mais absurdo que possa parecer, foi o deputado Cláudio Puty, marinheiro de primeira viagem, o único que disponibilizou o seu mandato para debater aqui e no Congresso Nacional temas como o Super Simples, Lei Kandir, reforma agrária, investimentos no estado, enfim, dispôs-se a discutir a macropolítica sem pensar apenas no mandato seguinte. Que ocupou um espaço como há muito não se via um deputado federal do PT ocupar. E não se trata de referência a artigo dominical em jornal de grande circulação em Belém. Está se falando de alguém cujo desempenho o levou a ocupar espaços relevantes na Câmara Federal e ensejou ao DIAP destacar sua atuação apesar, repita-se, de ser um estreante.
Por isso, quando o deputado Zé Geraldo faz pouco caso das nossas chances eleitorais ele parece esquecer que isso não ocorre por acaso, mas porque o comportamento dos que deveriam representar o projeto político petista optaram pela semelhança com o comportamento daqueles que muitas vezes fazem oposição ferrenha a nós, por isso só fazendo política resgataremos nosso protagonismo de volta, sem precisar submeter companheiros valorosos como Mário Cardoso e Alfredo Costa a vexames eleitorais dos quais eles não tiveram culpa. Apenas foram vítimas do pragmatismo resignado que adotamos e que levou à desimportância que hoje nos assola.
O Governo Ana Júlia deu errado pq qjem mansava em tudo era o Puty. Será que nós petistas temos a memória fraca.
ResponderExcluir"Companheiros, quem bate esquece, que apanha deve se lembrar": PMDB apóia PT/Ana Júlia na disputa com o PSDB/Almir Gabriel: Ana Jília Governadora.
ResponderExcluirPMDM apóia PSDB/Jatene contra PT/Ana Júlia. Almier Gabriel apóia PT/Ana Júlia contra PMDB e PSDB/Jatene.
PMDB mamou na teta do Governo da Ana Júlia por trê anos e "debandou" próximo à derrocada.
PMDB mamou três anos na teta do Governo Jatene e abandonou.
Se o PMDM como "aliado" não chega ao final doss mandatos com os companheiros, se eles chegarem na cabeça do Governo o que eles farão com os aliados? Perguntem à Ana Júlia e ao Jatene.
um candidato com maior densidade eleitoral, se faz ou o pt faz, olha so o exemplo eles estavão la em baixo na presaquisa https://www.facebook.com/photo.php?fbid=740707455939788&set=a.684770604866807.1073741829.100000016225083&type=1&theater
ResponderExcluirum candidato com maior densidade eleitoral no pará, se faz ou o pt faz, olha so o exemplo eles em sao paulo haddad e padilha, estavão la em baixo na presaquisa
ResponderExcluirum candidato com maior densidade eleitoral no pará, se faz ou o pt faz, olha so o exemplo eles em sao paulo haddad e padilha estavão la em baixo na pesquisa, o H venceu e padilha ja esta na disputa
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