Tucanos que acreditam sinceramente que o embaralhamento de cartas promovido pelo
governador Simão Jatene é apenas uma encenação para sua desistência de disputar qualquer cargo eletivo em outubro já estão
esmerilando, digamos assim, o discurso para explicar ao distinto público essa
decisão.
A preocupação maior será transmitir à opinião
pública a certeza de que, no Pará, não está sem comando, não está desunido e
nem está escondendo supostas dissensões em decorrência da eventual decisão do
governador de abrir espaço para que Helenilson Pontes seja o candidato ao governo com o apoio do tucano.
Jatene, sem dúvida, é hoje a grande liderança do
PSDB no Pará. Além de Almir Gabriel, que faleceu no ano passado, apenas ele,
como representante do partido, governou o Pará. E o fez por duas vezes,
encontrando-se em condições até de, ineditamente, conquistar um terceiro
mandato pelo voto popular.
Uma eventual desistência de Jatene em disputar
um novo mandato eletivo precisará, assim, ser administrada com muita cautela,
para não transmitir a impressão de que o PSDB, uma das três forças políticas do
Estado, ao lado de PT e PMDB, estaria caminhando inexoravelmente, e a passos
largos, para virar satélite, adjunto, coadjuvante ou coisa que o valha.
É o que avaliam os tucanos, pelo menos.
Ou melhor, é o que avaliam alguns tucanos.
Infelizmente, pela qualidade, os partidos e políticos paraenses são todos coadjuvantes de terceira classe (se essa for a pior...).
ResponderExcluirFarão um grande favor ao Estado se colocados na posição de coadjuvantes. Pelo menos assim podem diminuir a cara de pau, porque colocar tudo de ruim que vem acontecendo em 4 anos do governo anterior, sendo que o partido governou o Estado por longos anos, isso não tem outro nome a não ser cara de pau.
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