Helenilson Pontes: incluído no restritíssimo círculo de amigos que merecem inteira confiança de Jatene |
“O Jatene vai concorrer, sim. Não vai abandonar
nem a vida pública, nem a política. O que ele está fazendo agora, ao disseminar
a dúvida sobre seu futuro político, é embaralhar as cartas, para confundir os
adversários”, garante ao blog observador da política e gente próxima aos
tucanos.
Com base no que conhece nos bastidores da
política, e mais ainda dos bastidores do PSDB, ele avalia que, entre o
governador e seu vice, Helenilson
Pontes , desenvolveu-se uma sintonia, um sentimento de mútua
fidelidade e confiança que Jatene só trava com um círculo muito, mas muitíssimo
restrito de pessoas, entre elas seu ex-secretário Sérgio Leão.
O governador, conforme lembra a fonte do Espaço Aberto ,
desenvolveu por Helenilson uma admiração muito grande desde o plebiscito
de novembro de 2012, em que os paraenses rejeitaram nas urnas a divisão
territorial do Pará, o que daria origem a dois novos Estados, de Carajás e
Tapajós.
Àquela altura, Helenilson, natural de Santarém e
com toda a sua base política estabelecida naquela região, foi alvo de
fortíssimas críticas dos movimentos separatistas, por não ter se manifestado
explícita e contundentemente contra o seccionamento do território paraense.
Mesmo assim, manteve-se afinado com Jatene e não descurou de seus deveres
constitucionais de vice-governador do Pará e nem tampouco adotou atitudes
políticas capazes de comprometê-lo no exercício do cargo.
É muito possível, considera observador bem
próximo aos tucanos, que Jatene, nesse sentido, realmente se desincompatibilize
do cargo para fazer campanha abertamente - sem as peias, os freios e as
restrições que enfrentaria caso estivesse no governo -, deixando Helenilson à
frente do Estado até o final do ano.
Mas haveria sentido em ficar vice-governador sem
condições de concorrer a um novo mandato? “O Helenilson é novo. Só tem 42 anos.
Sabem o Jatene e o próprio Helenilson que sete meses, a contar de março (quando
o governador se desincompatibiliza) a outubro, mês das eleições, não são suficientes
para o vice fazer seu nome,
tornando-se mais conhecido em todas as regiões do Pará. Então, não será demais
imaginar que o Jatene já tenha convencido o Helenilson a ficar mesmo sem
mandato nos próximos quatro anos, habilitando-se assim a ter o apoio do PSDB
para disputar o governo, em 2018” ,
considera o observador.
No cenário que ele traçou, para demonstrar que
Jatene tem várias opções para se manter na vida pública, o observador não
descartaria nem mesmo a possibilidade de o governador ao Senado, arrostando,
caso isso venha a ocorrer, a ira do senador Mário Couto, tido como candidato
natural do partido, uma vez que já está no exercício do mandato.
“Não tem isso de candidato natural. E se fosse o
caso de o Jatene disputar o direito de concorrer ao Senado, a indicação do
candidato caberá ao Diretório Regional. E quem tu achas que, neste momento, tem
o controle do Diretório, o Jatene ou Mário Couto?”, indagou o observador.
Essa é uma pergunta para muitos responderem.
Inclusive, é claro, o senador Mário Couto.
Considero no mínimo equivocada tal declaração. Embaralhar o quê? Só existem dois candidatos. Jatene e Helenilson. Ou um ou outro. No máximo, como diz o texto, pode mexer com o Couto, mas não necessariamente. Até porque o próprio texto esclarece quem manda no tucanato. O problema na verdade é outro: conseguirá Jatene fazer seu sucessor, diante do adversário HB?
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