Helenilson precisa oferecer pistas sobre esse jogo jogado

Acreditem.

Se quiserem, leiam e acreditam.

Para acreditarem, todavia, convém que entendam. Que entendamos.

Está no site de Veja. Clique aqui para ler a íntegra da matéria.

É o governador em exercício do Pará, Helenilson Pontes, falando sobre meses do porvir.

Helenilson, como o Espaço Aberto já informou, tem tudo, mas tudo mesmo, para ficar no governo e sair candidato à reeleição, se confirmar-se a disposição até agora sinalizada claramente pelo governador Simão Jatene de se afastar davida pública, ainda que não da política.

Mas tucanos, conforme o blog também já mostrou, dizem que isso não passa de conversa fiada, não passa de um jogo esperto que Jatene está fazendo paraembaralhar as cartas e deixar os adversários atarantados. Garantem, nesse sentido, que o governador, muito embora desincompatibilizando-se agora em março, concorrerá a um novo mandato, que pode até não ser o de governador. E qual será? Ninguém sabe. Talvez apenas Jatene o saiba, uma vez que, supõe-se, ele está embaralhando as cartas de propósito.

Mas as declarações de Helenilson à revista Veja suscitam algumas questões práticas. Bem práticas.

Ele vai continuar no governo sem sair candidato a nada, nem a síndico de prédio?

Se sair candidato, a que cargo concorrerá Helenilson? Ao de governador?

Mesmo se continuar no cargo até o final do mandato, sem concorrer a nenhum mandato eletivo, Helenilson vai fazer campanha para a presidente Dilma, mesmo que o PSDB venha a lançar candidato ao governo do Estado – não importa se o Simão, o João, o Pedro ou a Maria?

E se Helenilson Pontes se candidato a um novo mandato de governador, ele concorrerá com Simão Jatene? Sério mesmo? No duro? No cru?

Sendo ou não candidato a um novo mandato, mas continuando como governador do Pará até as eleições de outubro, Helenilson tem certeza de que a presidente Dilma vai visitar o Pará? Ele tem certeza disso, mesmo sabendo-se que a própria Dilma – compelida ou não por Lula, sabe-se lá – apoia no Pará uma aliança PMDB-PT, em que o peemedebista Helder Barbalho concorreria ao governo e o petista Paulo Rocha ao Senado?

Ao que se diz, Helenilson vai conceder uma entrevista coletiva em Santarém, hoje de manhã.

Bem que poderiam fazer essas perguntas ao doutor.

Apenas para que possamos, é claro, compreender – ainda que remotamente, palidamente, imprecisamente – este jogo que começa a ser jogado.