quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

"Eu pago a minha conta". Toma-te!

Então é assim.
A presidente falou.
Falou em disse assim: "Eu posso escolher o restaurante que for, desde que eu pague a minha conta. Eu pago a minha conta".
Pronto.
Todo mundo entendeu.
Mas dificilmente haverão de dizer que entenderam muitos que insistem em inadmitir como insuspeitas as circunstâncias que levaram a presidente e comitiva, de volta da Suíça, darem um pulinho em Lisboa, numa escala técnica antes de seguir para Cuba.
Olhem, meus caros.
Com todo o respeito aos que não entendem, mas talvez essa situação seja típica desses ardores de campanhas como esta que já começou.
E começou faz tempo, vale dizer.
Coloca-se em dúvida a explicação da Presidência da República, de que era necessário fazer uma escala em Lisboa.
Menciona-se que na quinta-feira passada, com bem antecedência, portanto, a embaixada brasileira em Lisboa já teria tomado conhecimento da escala presidencial.
Mas olhem só: programar uma escala em Lisboa como alternativa, caso o mau tempo na região nordeste da América do Norte oferecesse certos riscos ao Aerolula em sua rota para Cuba, não é assim uma coisa estranha, não é algo excepcional ou excepcionalíssimo.
Planos de voo não são feitos de um segundo para o outro, né?
Não são feitos de uma hora para outra.
São feitos com bastante antecedência.
E com bastante antecedência se pode projetar as condições meteorológicas na área a ser percorrida pelo voo.
Se a embaixada brasileira tomou conhecimento da escala em Lisboa com bastante antecedência, é porque se prenunciava a possibilidade de que no domingo o avião devesse, por medida de segurança, pousar em Lisboa nem que fosse por algumas horas.
E foi o que fato aconteceu: a presidente e comitiva ficaram por pouco mais de 12 horas na capital portuguesa e rasgaram para Havana. Se a escala não estava prevista na agenda oficial, como se alega, é porque a escala técnica, por questões meteorológicas, precisou ser estendida além do habitual.
E quanto aos gastos com jantar, é como disse a presidente: se cada um coçou os próprios bolsos, meus caros, que tenham feito bom proveito.
Mas se usaram cartões corporativos, aí é diferente.
Bem diferente.
Agora, se vocês perguntarem ao blog se essa escala e os casos decorrentes precisam ser apurados, o blog responderá que sim, precisa.
Mas há indícios, factuais e objetivos, indicando que essa parada é uma tempestade em copo d'água.
Sem brincadeira.
E com todo o respeito aos que não querem entender obviedades?
Com todo o respeito.

4 comentários:

  1. O problema, blog, é que os cartões corporativos não sofrem auditoria e nunca saberemos de nada....

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  2. Mas nao justifica 26 mil em suites, tendo uma embaixada a disposicao!

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  3. Embaixada não é hotel.

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  4. Nao é hotel, é uma senhora casa com condicao pra rainha dormir em uma "escala tecnica" , essa mamata vai ter que acabar

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