segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Sob a mira de fuzis. Em Salinas.
Casais que escolheram Salinas para descansar no último feriadão voltaram apavorados.
Aliás, voltaram apavoradíssimos.
Alguns que estavam na praia do Atalaia foram arrancados de momento de lazer sob a mira de armas, inclusive fuzis.
E perderam tudo o que tinham, mas preservaram, felizmente, seu bem mais precioso, a vida.
Os registros das ocorrências foram, é claro, devidamente feitos na puliça.
Mas a puliça de lá, como a daqui, não dá conta de tanto crime, de tanto bandido à solta.
Não dá conta de controlar o banditismo nem em Belém, quanto mais em Salinas.
Aliás, já se foi o tempo em que Salinas era um oásis de tranquilidade. E já se foi, igualmente, o tempo em que as ocorrências policiais na cidade ficavam restritas ao períodos em que os proprietários de residências mais, digamos assim, vistosas se encontravam em Belém, onde residem.
Não.
Agora, os ladrões preferem justamente os momentos de maior concentração de pessoas na cidade, como são os meses de julho e os feriadões.
Lembrem-se, a propósito, que no final de julho, conforme contou o Espaço Aberto, 17 professores participavam de curso de licenciatura em informática, promovido pelo Instituto Federal do Pará (IFPA), o antigo Cefet, foram vítimas do banditismo em Salinas.
Um deles foi até a agência da Caixa e sacou R$ 5 mil.
Feito isso, voltou para o local do curso, que se realizava num prédio próximo à caixa d'água.
Eis que chegam, logo depois dele, dois bandidos.
De armas em punho, fizeram uma limpa.
Roubaram celulares, dinheiros, notebooks, o que puderam.
É assim.
Não deveria ser, mas infelizmente é.
Estive em Salinas neste último feriadão. Ficamos na residência de amigos. Levei minha esposa que não conhecia a cidade e um casal de amigos que há mais de 15 anos não iam por lá.
ResponderExcluirQuando voltamos na praia, no sábado, a casa estava revirada. Não foi arrombada, o ladrão entrou pelos altos, quebrando uma das janelas. Levou tablets e notebooks após revirar todas as malas.
Ao lado, mora um delegado de Belém (não é necessário citar o nome), que possui câmeras na casa dele. Não conseguimos identificar ninguém, apenas uma pessoa suspeita, mas que apareceu de costas.
Pessoas e comerciantes das redondezas diziam não ter visto nada. Alegando que ou não moravam por lá, ou que o estabelecimento estava fechado. Todas as afirmações contraditórias. A filmagem mostrou os pontos comerciais abertos e outros moradores davam informações que aqueles que diziam não morar ali, na verdade moravam sim na cidade.
Foi visível que ninguém quis se comprometer. Quem mora na cidade sabe quem são os marginais, mas provavelmente, como em todo o Brasil, possuem receio de sofrerem retaliações. Sabem que o bandido não ficará atrás das grades por muito e voltará para se vingar.
É triste.
A mudança de tática da bandidagem deve-se a um simples fato, além, óbvio, da inexistência de puliça (como diz o "seu" Espaço): quem quer comprar imóvel, compra ap. Casa não se vende mais no Sal. Então ficou mais difícil roubar na baixa temporada. Como as casas são alugadas ou passam a ser ocupadas na alta temporada e feriados, os bandidos assaltam agora na alta estação. Quer ir para o Sal? Vá para hotel ou não leve nada.
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