Do Amazônia
Professores que tentavam levar água e comida para o grupo que ocupa, desde quarta-feira (23), o prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na rodovia Augusto Montenegro, foram impedidos de entrar pela Polícia Militar. A tropa de choque da PM usou spray de pimenta para dispersar manifestantes que se aproximavam do portão. O uso do artefato pelos militares revoltou os professores que se mantiveram durante todo o dia mobilizados em frente à Seduc.
Cerca de 150 militantes ainda ocupam o prédio da Secretaria de Educação. Houve tumulto quando um veículo com comida e água mineral foi barrado pelos militares que estavam no portão. Professores, estudantes, servidores da Seduc e jornalistas foram atingidos por spray de pimenta, mas ninguém precisou de atendimento médico.
Os professores interditaram a Augusto Montenegro durante três horas, provocando um grande congestionamento. Segundo a categoria, a ocupação da Seduc tenta pressionar o governo do Estado a reabrir a negociação com os professores, em greve há 32 dias. A tropa de choque chegou ao local às 5 horas da manhã e passou a impedir o acesso ao prédio.
"A gente quer que vocês recuem para ser liberada a entrada da alimentação. Enquanto estiver conglomerado, não vamos permitir", disse o tenente-coronel Leão Braga, comandante da tropa.
A PM só autorizou a entrada de alimentos e água por volta das 10 horas. Por causa das manifestações, não houve expediente na Seduc. Às 11 horas, a categoria liberou a pista da Augusto Montenegro no sentido centro. Para evitar um congestionamento maior, alguns motoristas acessaram a pista oposta na contramão.
Adesão - Fora da Seduc, os ânimos estavam exaltados. Professores de vários municípios do Estado aderiram ao movimento e engrossaram a manifestação que se mantinha na rodovia Augusto Montenegro. Um grupo de vereadores de Belém esteve no local. Eles se dirigiram até o Palácio dos Despachos, próximo à Seduc, para tentar marcar uma reunião com o governador Simão Jatene. Quando retornaram ao protesto, a vereadora Sandra Batista (PCdoB) relatou que a comissão não foi recebida, mas que a Casa Civil liberou a categoria fazer a assembleia geral no órgão, um dos pedidos dos professores.
Pauta - Entre a pauta de reivindicações da categoria, as principais se referem à implementação de dois projetos de lei, um que regulamenta a jornada de trabalho e as aulas suplementares e o outro, à regulamentação do funcionamento do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some); das pendências do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR); e à reforma de escolas. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp-PA) também exige o pagamento retroativo do piso salarial de 2011, proposta recusada desde o início da negociação com o governo.
Fosse para fechar o teto do Mangueirão e instalar ar condicionado no estádio todo, tinha grana.
ResponderExcluirProfessor, educação...ahhhh, vai estourar a "lei de responsabilidade fiscal"!
Spray neles!!!
Tucano ou cumpanheru, só muda o sabor da pimenta!