quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Edmilson denuncia descaso com médicas no Marajó

Duas médicas cubanas que foram enviadas pelo Ministério da Saúde ao município de Santa Cruz do Arari, no Marajó, enfrentam péssimas condições de alojamento. Elas estão numa casa oferecida pela prefeitura, que está em péssimas condições de conservação e sem infraestrutura, tendo sido obrigadas a dormir no chão. O descaso com os estrangeiros foi denunciado pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), na tribuna da Assembleia Legislativa do Pará, durante a sessão desta terça-feira, 1o. Edmilson vai levar o caso ao conhecimento do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante audiência que será realizada na tarde da próxima quarta-feira, 2, em Brasília.
O município é o mesmo cuja administração municipal está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado em razão do extermínio de mais de 300 cachorros, ocorrido em junho passado. O irmão do prefeito Marcelo Pamplona (PT), que é ex-secretário municipal, assumiu a autoria do crime ambiental. As médicas já teriam acionado a Organização Panamericana de Saúde, que por sua vez teria cobrado providências da Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM).
Na audiência com Padilha, Edmilson, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e a vereadora de Belém, Marinor Brito (PSOL), denunciarão o caos na saúde no estado do Pará e também nos municípios paraenses. Os parlamentares apresentarão um relatório de problemas e cobrarão providências urgentes, sob ameaça de encaminhar denúncia á Organização dos Estados Americanos (OEA).
Anestesiologistas - Ainda durante a sessão da Alepa, Edmilson falou da greve anunciada pelos anestesiologistas pra ter início na quarta-feira, 2, nas unidades de saúde do município de Belém. A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado do Pará (Coopanest), cobra da Prefeitura de Belém o pagamento da dívida de R$ 1,5 milhão relativa a serviços prestados. Em acordo firmado no Ministério Público Federal, a prefeitura se comprometeu em apresentar uma proposta de pagamento do débito até 1o de outubro. A Coopanest aguarda uma resposta da administração até o final dessa data.
A situação dos agentes comunitários de  saúde e dos agentes de combate a endemias em Belém deverá ser debatida em audiência pública da Casa de Leis. O requerimento para a realização do evento, foi protocolado na mesma sessão, por Edmilson, e ainda será votado pelos demais deputados.

Fonte: Assessoria Parlamentar

2 comentários:

  1. Mas o problema não era a FALTA de médicos? Eu alertei aqui no blog. Não adianta construir um hospital de primeiro mundo em Melgaço (ou em Arari) se não houver shopping, internet, aeroporto, saneamento, energia, pós-graduação, coleta de lixo regular etc. O médico não vai. Ah, mas o cubano vai. Deu nisso.

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  2. E o nosso CRM, por que não denuncia isso? Ou ele só serve para criticar o programa Mais Médicos. Independente da luta dos CRM, é obrigação deles também preservarem o trabalho dos médicos. Ou não?

    Sâmia Silva

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