terça-feira, 8 de outubro de 2013

Área do Umarizal é território do banditismo


Vocês querem mesmo ver o que é medo?
Querem saber o que é viver aterrorizado?
Querem ver o que é pavor da violência sem controle que toma conta de Belém?
Conversem com moradores daquele trecho ali da Antônio Barreto, entre Dom Romualdo e Doca, no coração do Umarizal.
Comerciantes há que não abrem mais as portas.
Mantêm-nas fechadas. Trancadas. Postas sob trancas, cadeados e alarmes - quantos sejam.
Mesmo assim, os bandidos agem à solta.
À solta, a bandidagem vai assolando toda aquela área. Como vai assolando toda a cidade, em todos os seus quadrantes.
Nos últimos meses, contam-se às dezenas os assaltos a residências e empresas situadas no dito trecho.
E, justiça se faça, os bandidos são justíssimos: não poupam ninguém.
Passou na frente deles, é presa suscetível de levar o bote.
O último foi o parente de um delegado de polícia, apanhado na porta do prédio onde mora.
E por falar em puliça, quedê ela?
A puliça, ora, sempre está por ali, em rondas mais do que necessárias, mas pouco providenciais.
Porque a puliça sempre chega.
Mas chega depois.
Infelizmente, sempre depois.

3 comentários:

  1. Uma Crônica Social, Política, Econômica e Policial (Alerta: É Pura Ficção. OK?)8/10/13 15:18

    Viajando por esse país, passando por uma cidadezinha visualizei uma enorme placa, em que estava escrito, "Bem-vindo a Torototó do Vale, Capital do Diálogo Democrático". Fiquei curioso, parei e entrei na cidade. Na praça em frente ao Fórum, vários cidadãos batendo papo. Após alguns minutos ouvindo, percebi que valia a pena gravar no meu smartphone a conversa deles. Gravei até o momento que alguém percebeu que eu estava lá e atento à conversa. Não deu outra, vieram todos e me rodearam. Até explicar que eu era um simples cidadão aposentado e igualmente preocupado com os rumos do país... Ufa!, não foi fácil. Surgiu uma brecha, me despedi e zarpei de Torototó do Vale!

    Hoje, lendo o "Espaço Aberto", fiquei animado, peguei o smartphone e passei os arquivos de áudio para o notebook. Digitei a parte da conversa que consegui gravar. A ler:

    - Onde já se viu?... Puliça agora só chega depois que a porta foi arrombada, bi e tri-arrombada! Pior que não é só aqui em nossa cidade, já é a preferência nacional das puliças do nosso país. Só chega quando o perigo já passou, ou... nem tenho coragem de falar em público... É realidade de Norte a Sul, de Leste a Oeste sobre a superfície do gigante que teima em não acordar, continua vivo, vegeta... os seus sinais vitais são percebidos graças ao seus roncos e peidos, parecendo mil trombones sendo tocados em dia de Desfile da Independência!...

    - É, pois é... e esses puliças não param de reclamar do salário...

    - Meus queridos conterrâneos... entendam de vez e aceitem as mudanças!... Pra que ficar descendo o pau na puliça? Por acaso, nenhum de vocês tem parente ou amigo puliça? De farda ou sem farda os puliças têm direito a reclamar dos baixos salários e das péssimas condições de trabalho, ora!

    - Pera aí, o senhor não acha estranho que aqui onde moramos e, principalmente nas cidades mais populosas e suas classes sociais de miseráveis, pobres, classe média , ricos e muito ricos... que existe um bocado de puliças ostentando até carros de luxo, morando até em condomínios "de luxo"? Isso, independente do cargo ou posto ocupado? E que, também, o "chefe do esquema" nem sempre é o superior hierárquico, da mesma forma que já é comum encontrar menores de idade chefiando quadrilhas e territórios do tráfico?

    - Políticos, colarinhos brancos e puliças corruptos? Onde já se viu isso? E a ética, moral e bons costumes, tão apregoadas e respeitadas pelos nossos queridos antepassados?...

    - Fiquem tranquilos, fiquem frios... meus queridos conterrâneos! Tudo bem!... Tudo muda, os tempos são outros, a realidade é outra. O mundo não para de girar, é natural essas mudanças em uma sociedade dinâmica e pujante!... Tanto é, que até os cidadãos tidos como de bem já estão acostumando e nem se incomodam mais. Vejam bem... é melhor ser amigo do que inimigo de quem está com tudo, com a faca e o queijo na mão. Aceitando essas personalidades que "roubam, mas faz", um novo equilíbrio de forças passa a existir entre eles e nós. Se um dia precisarmos de um favor deles, veremos o quanto isso é real e aceitável.

    - Mas, pera lá! Até puliça já tem direito a participar dessas jogadas e esquemas de tudo quanto é jeito e muito dinheiro rolando? Aí já é demais, meu caro conterrâneo!!!... Se até puliça já está conseguindo chegar ao elevado padrão de vida de políticos, autoridades e bandidos de colarinho branco, é porque não tem mais jeito o nosso país!

    - Calma, Zé Nervoso... O nosso povo é tido e retido como povo de esperança e fé... Não perca a sua esperança, Zé!... Um povo esperançoso por natureza não tem o Direito de ficar desanimado! O povo jamais deverá deixar de acreditar que também tem chances de um dia chegar lá, se lambuzar com o alto padrão desses que já conseguiram. Conseguiram a duras penas... até dando e levando tiros em alguns momentos de suas trajetórias e ascensão social!...


    Moral da História: "A esperança é a última que morre, desde que o indivíduo não leve uma bala dundum bem no meio dos cornos."

    ResponderExcluir
  2. Caro poster, melhor situando a desgraça é maior: é no perímetro entre Doca-A.Barreto-D. Romualdo de Seixas-S. Lemos.
    É o faroeste no tucupí.
    Puliça alí passa com mais de mil, voando, com medo!!
    Acho que até o Chuck Norris desviaria o caminho!!
    Té doido sumano!!!

    ResponderExcluir
  3. Onizes Araujo9/10/13 06:50

    Na Pedreira, onde moro, não é diferente, caro PB.
    Deixei de fazer minhas caminhadas ao nascer do dia por medo, isso mesmo, medo do banditismo reinante.
    Estamos vivendo em Belém o pior momento da insegurança pública.
    A inércia e a incompetência das ditas autoridaes responsáveis(?)é simplesmente incomcebível.

    ResponderExcluir