É de impressionar.
Realmente, é de impressionar a constatação de estarem as
ruas de Belém cada vez mais entupidas – literalmente entupidas - de carros.
No último sábado, o repórter aqui do blog foi pela manhã,
por volta das 11h, à Casa das Onze Janelas, para ver a nova exposição
de Luiz Braga, “Entreato da Luz”.
Há cinco ou seis anos, seria, como se diz, filé, seria moleza estacionar ali por
perto num dia de sábado.
Talvez, há cinco ou seis anos alguém que se dirigisse num
dia de sábado ao Complexo Feliz Lusitânia, onde está a Casa das Onze Janelas,
não encontraria qualquer dificuldade em estacionar em um dos quadriláteros da
Praça Frei Caetano Brandão.
Pois é.
No último sábado, meus caros, não havia uma só vaga para
estacionar na Praça Felipe Patroni, aquela que fica atrás do Palácio Antônio
Lemos.
Da mesma forma, não havia uma vaguinha sequer – nenhuma - no
entorno do Fórum Cível, nem em frente ao Museu do Estado (Palácio Lauro Sodré),
nem em frente à Assembleia
Legislativa.
E na Praça Frei Caetano Brandão? Nem pensar.
E na Doutor Assis?
Muito menos.
E na Siqueira Mendes?
Idem.
O repórter já foi conseguir um lugar – um último, um
remanescente lugarzinho – em uma nesga na Rua Doutor Malcher, ao lado da
Catedral da Sé.
Em resumo: o fluxo de veículos para aquelas bandas, num
dia de sábado, estava igualzinho, senão pior, ao que se observa diariamente.
Esse é o retrato de uma cidade que já conta com uma frota
de mais de 350 mil veículos. Na Região Metropolitana, são mais de 450 mil.
Esse é o retrato de uma cidade cuja bagunça no trânsito
parece não ter limites.
E quanto mais o transporte público se mantiver como uma
grande porcaria, o cidadão que tiver oportunidade – e meios financeiros - não
hesitará, é claro, em comprar um carro, engrossando o congestionamento
permanente nas ruas de Belém.
É assim.
Traduzindo: vem rodízio por aí. Anotem.
ResponderExcluirAs ruas de uma cidade são com as artérias do corpo humano: quando entopem elas provocam o colapso no organismo. Belém já atingiu seu ponto de "saturação" em 2010, data emblemática, pois constava de uma previsão dos japoneses da JICA feita em 1985 de que " se nada fosse feito o trânsito de Belém iria "travar" por volta do ano "da graça" de e 2010. E nada foi feito efetivamente, em termos de planejamento do tráfego urbano, salvo medidas cosméticas de nenhum efeito prático como os sinais de quatro tempos, as cocadas baianas e o viaduto de uma pétala na Almirante Barroso. Vítima das quizílias paroquiais praticadas por nossos políticos,a população de Belém sofre hoje os efeitos danosos da cultura do atraso. O BRT, apresentado como solução para todos os problemas, na verdade chega com atraso também, além do atraso nas obras. Os especialistas desaconselham sua utilização em núcleos urbanos com mais de um milhão de habitantes, pois não irão resolver o problema dos congestionamentos nem do fluxo de passageiros nos horários de pique. Em tais casos, a solução é o metrô ou VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), também conhecido como "Metrô do Cariri", fabricados no Ceará, com grande aceitação em mais de 300 cidades até de médio porte em todo o Brasil. Em artigo neste Blog - Belém vai parar ? abordei esse tema, recorrente em várias outras colaborações. Na verdade, Belém já parou.
ResponderExcluirQuando tivermos transportes públicos decentes.
ResponderExcluirEnquanto o transporte urbano for essa imundice comandada por “empresários” míopes e gananciosos. Enquanto muitos se esconderem em seus carros peliculados, com ar refrigerado, fazendo de conta que o problema não é com eles. Enquanto o eleitor tapado continuar colocando no poder políticos irresponsáveis e corruptos. Enquanto o sistema educacional continuar em colapso. Enquanto existir corrupção descontrolada nos órgão de fiscalização e policiamento, lamentavelmente a deterioração da saúde, barbárie e mortes serão cada vez mais crescentes e incontroláveis Até que um dias voltemos a andar à pés ou em bicicletas.
ResponderExcluirNão podemos aliviar o couro do governo federal nesta história. Através do IPI zero e crédito farto, Lula e Dilma estão há anos incentivando a compra de veículos. O curioso é que ao abrir mão do IPI, os municípios são os que mais perdem, pois deixam de receber uma fatia da arrecadação deste imposto.
ResponderExcluirSeus "pobremas" acabaram: cumpanhera Dilma vai importar Buzão Cubano (tudo QUASE NOVO)!
ResponderExcluirLotação sentada: 30, mas levará 300!!
Acabou as filas!!!!
Vamos procurar utilizar os 150 novos onibus anunciados pelo zenada.
ResponderExcluirVamos procurar utilizar os 150 novos onibus anunciados pelo zenada.
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