Quem é o ministro? Quem é um desses 39?

Parece mentira, mas é verdade.
O governo Dilma começa a fazer, como diríamos, uma simulação para o corte de ministérios.
Atualmente, são 39.
Se a racionalidade prevalecesse sobre o fisiologismo político, esse número cairia para 25, mais ou menos o mesmo número da era Fernando Henrique, que governou com 26 pastas.
Agora, vamos combinar: há duas situações inegáveis nesta parada.
A primeira: não se sustenta a crítica de petistas e de alguns porta-vozes do governo, de que cortar alguns ministérios não representaria muito, em termos de repercussão para ajuste fiscal.
A segunda: Lula deveria ficar fora desse assunto.
Quanto à crítica de petistas e de porta-vozes do governo, não passa de uma piada.
Não é apenas é de custos que se trata, quando vem ao debate o número excessivamente absurdo de ministérios.
Trata-se de eficiência, meus caros.
Trata-se de eficácia.
De operacionalidade.
Isso tudo também é tão ou mais importante que os custos demandados pela manutenção de um ministério inchado, paquidérmico.
A ser verdade, como dizem os petistas, que cortar ministérios não representa muito em termos de custos, então por que não criar mais 39? E depois mais 59?
Isso é absurdo.  É um argumento, além de burro, totalmente irresponsável.
E quanto aos palpites de Lula, que já recomendou a Dilma que reduza o número de ministérios?
Não tem autoridade, não tem a menor, a mínima autoridade para dar um piteco desses.
Porque Lula aumentou de 26 para 37 o número de pastas. Sua sucessora criou mais duas.
Por que o presidente-adjunto (no dizer de FHC) não fica de bico fechado sobre este assunto?
Como pode cobrar austeridades nessas área, se ele mesmo paquidermizou a burocracia federal?
A propósito, e por falar, em número de ministérios, olhem só essa historinha que Folha de S.Paulo, sob o título contraponto, conta em sua coluna Painel, na edição de ontem.
Leiam.
E tirem suas próprias conclusões.