terça-feira, 2 de julho de 2013
Justiça processa Grupo Líder por danos a empregados no Pará
Do site da revista Exame (conteúdo de Carlos Mendes, do Estadão)
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma ação civil pública por dano moral coletivo, no valor de R$ 3 milhões, contra o Grupo Líder, uma das principais redes de supermercados do Pará - e uma das 20 maiores do Brasil - devido a uma série de denúncias feitas por trabalhadores contra o grupo desde 2008. A empresa é dona de um shopping em Belém, 16 lojas de supermercados, 15 farmácias e 10 magazines.
As denúncias, comprovadas em fiscalização pelo MPT e apontadas na ação como "estarrecedoras", eram principalmente sobre a prática de desvio de função e ausência de descanso semanal remunerado, além de problemas na potabilidade da água fornecida, desrespeito às convenções e acordos coletivos, e jornada de quatro domingos consecutivos por mês, dentre outras reclamações.
Foi tentada uma solução extrajudicial e a assinatura de um termo de ajustamento de conduta para sanar as irregularidades, mas a direção do Grupo Líder recusou o acordo. "O empregador se mostrou insensível ao apelo dos agentes públicos, incluindo o Ministério Público", diz na ação o procurador do Trabalho, José Carlos Souza de Azevedo. Desse modo, não restou alternativa ao MPT, senão o ajuizamento de ação, requerendo reparação das "lesões ao tecido social".
As diligências atestaram que o grupo efetuava pagamentos diferenciados a empregados que exerciam mesma função, exigia o uso de uniformes completos porém não os fornecia e que o limite de peso fixado para o transporte manual no setor de portaria de carga estaria prejudicando a saúde dos trabalhadores. A audiência inaugural entre as partes foi marcada para o próximo dia 31.
Segundo o MPT, restou caracterizada a prática de dumping social, que consiste na redução dos custos de um negócio com base na eliminação de direitos trabalhistas, resultando em prejuízos tanto à concorrência, quanto à sociedade como um todo.
O diretor da empresa, Oscar Rodrigues, declarou à reportagem ter ficado "surpreso" com o processo, afirmando que as acusações contidas na ação do MPF seriam "totalmente improcedentes". Ele não quis comentar a respeito das tentativas de acordo extrajudicial para evitar o processo, adiantando apenas que os advogados do grupo estão prontos para contestar em juízo os argumentos da procuradoria do Trabalho. "Eu confio na Justiça", resumiu o empresário.
É, "los hermaños" Rodrigues tal qual Lula, não sabem de nada.
ResponderExcluirE ontem a tarde pipocou GREVE. Os funcionários do Lider DOCA cruzaram os braços e foram para a pista da Doca; fecharam o trânsito.
As reclamações e explorações são de longa data.
Ah se tivesse justiça nesse país!!!
Continuam em greve hoje, parabéns funcionários!
ResponderExcluirGREVE EM SUPERMERCADO!
ResponderExcluirSÓ EM BELÉM.
INCLUSIVE, TUDO QUE NÃO PRESTA OCORRE PRIMEIRO AQUI.
Se não ocorre primeiro, tratamos logo de copiar. Sobre o post, o boicote é a melhor alternativa.
ResponderExcluirAo contrário caro anônimo das 19:37h, as greves em supermercado é um sinal de que os trabalhadores estão se conscientizando que tem que reivindicar melhores condições de trabalho. Eu me arrisco a dizer que todos os grandes grupos supermercadistas de Belém cometem essas práticas abusivas contra seus empregados. O reflexo disso é o péssimo atendimento que os clientes recebem nesses estabelecimentos, fazendo com que Belém seja merecidamente reconhecida como a capital brasileira em que pior se atende ao público. Fama merecida!!!
ResponderExcluirfuncionários do Yamada aderiram!
ResponderExcluirParabéns!
Chega de exploração!
To com vcs!
em tempo: aos q não entendem, melhor desenhar seu Espaço.
Dano coletivo quem causa é a greve!
ResponderExcluirAnônimos das 10:43,
ResponderExcluirVá trabalhar, pois péssimo atendimento é uma questão de educação (vem de família) e não de salário melhor.