Um homofóbico na presidência. É um escândalo.

É brincadeira.
A mesma Câmara que há dias tomou decisão elogiável de abolir o 14º e 15º salários, duas excrescências, é a mesma que acaba de tomar agora uma decisão repugnante.
Elegeu para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
Feliciano é um homofóbico de carteirinha.
É um racista tão racista que só falta comparecer a um cartório para atestar a autenticidade de sua certidão de racista.
Suas declarações, nesses sentidos - da homofobia e do racismo - podem ser encontradas facilmente por aí, neste mundo virtual infindável.
Olhem, meus caros.
Democracia é assim mesmo.
Os parlamentos democráticos são assim mesmo.
Têm lugar até para homofóbicos e racistas de carteirinha.
Isso faz parte da diversidade.
Mas terá um homofóbico de carteirinha as condições, terá os pré-requisitos para presidir uma comissão como a de Direitos Humanos, que aprecia os direitos de minorias?
Meus caros, concedamos a Marco Feliciano o direito de ser homofóbico e racista.
Concedamo-lhe o direito de ser racista.
Que ele possa, apesar disso, exercer plenamente um mandato como o que está exercendo.
Tenha ele até o direito de participar de uma comissão de Direitos Humanos.
Mas terá condições, terá isenção de presidir com tolerância e serenidade uma Comissão como a de Direitos Humanos?
Fora de brincadeira: é um escândalo.