quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obama diz que "o melhor está por vir". Que venha!


É isso.
Obama presidente.
Por mais quatro anos.
Quando se elegeu em 2008, tornando-se o primeiro negro a governar os Estados Unidos, Obama dava a impressão de que construiria o mundo novamente, com régua e compasso.
Não que ele tivesse, por atos, palavras e promessas, cogitado isso durante a campanha.
A expectativa que se criou em torno de sua eleição - inédita - é que deflagrou uma onda de esperanças e de bons eflúvios (ohhh!) como poucas vezes antes se tinha visto nos Estados Unidos.
Pois veio a posse.
No dia seguinte, com Obama sentado na Salão Oval, a realidade começou a mostrar-lhe - e aos americanos - que a régua e o compasso ficaram apenas na imaginação da patuleia, como diria Elio Gaspari.
E Obama, viu-se nos quatro anos de seu primeiro mandato, não mudou o mundo. E nem poderia fazê-lo, nas dimensões e na equivalência das expectativas.
Após quatro anos, constata-se que Obama ficou aquém, muito aquém do que esperavam dele.
Mas o mundo, mesmo assim, parece não ter se conformado de que Obama estava aquém das enormes expectativas que se criaram em torno dele.
Por conta disso, o presidente americano chegou a ser festejado até mesmo pelo que não fez - porque não poderia fazer.
E tanto é assim que, em outubro de 2009, foi agraciado com o Nobel da Paz, sem que tenha produzido um só gesto, um só ato, uma só conduta capazes de justificar, por sua grandeza ou relevância, uma distinção como a que lhe foi conferida.
"Mais quatro anos! Mais quatro anos", gritavam milhares de pessoas que tomaram as ruas de várias de cidades americanas, na madrugada desta quarta-feira, para festejar a vitória de Obama.
E Obama, o reeleito?
Disse em seu discurso de vitória que "o melhor está por vir".
Tomara que venha.
Sem régua e compasso.
Sem passes de mágica.
Sem expectativas que inebriam além da conta.

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