terça-feira, 27 de novembro de 2012
E nós, vamos também às ruas? "Bora" logo?
Então, é isso.
O Rio foi às ruas.
Nos grandes sites nacionais, a cobertura foi completa, estrondosa, tonitruante - eita!
Dizque 200 mil foram às ruas da segunda maior cidade do país para pedir que a presidente Dilma vete o projeto de lei 2.565, que prevê a redistribuição dos royalties do petróleo.
A estimativa é de que, uma vez sancionada, a lei vai esfolar os cofres do Rio, que estima perder, já em 2013, R$ 3,4 bilhões em receita com royalties e participações especiais na exploração de petróleo. Até 2020, a estimativa é que a perda acumulada chegue a R$ 77 bilhões.
A manifestação é curiosa. Por vários motivos.
Um deles: a participação da cantora Elcione.
Escutem só: ela não é maranhense?
Não sabe que o Maranhão será um dos Estados beneficiados pela nova divisão dos royalties advindos da exploração do petróleo?
A Marrom, com todo o respeito que nos merece seu livre direito de ter opinião, já perguntou a Sarney, o José, imperador do Maranhão, o que ele acha desse projeto?
Não é por nada, não. É apenas para que Alcione se informe.
No mais, é o seguinte: vamos nós, os paraenses, também às ruas?
Bora?
Que tal sairmos às ruas para cobrar que a energia elétrica gerada em Tucuruí reverta apenas para o Estado do Pará?
Ou que tal irmos às ruas para cobrar que sejam reavaliadas as compensações que recebemos por exportarmos energia para todo o país, inclusive o Rio de Janeiro, tomado de clamor contra os efeitos de um projeto que deve beneficiar todo o país?
E por falar em compensação, que tal elevarmos os nossos estandartes e convocarmos os nossos artistas para - tal e qual fez no Rio o preclaro governador Sérgio Cabral - bradarem nas nossas ruas o direito que o Pará tem de receber a justa compensação pela famigerada Lei Kandir, aquele que já fez o nosso Estado perder, em pouco mais de dez anos, nada menos de R$ 21,5 bilhões?
Quem tal irmos às ruas e chamarmos, inclusive, para engrossar a nossa passeata, o governador Sergio Cabral e nortistas que têm projeção no Sul do país, como é o caso da cantora maranhense Alcione?
Que tal?
Enquanto se matura essa ideia, fica o registro de que nem tudo é unanimidade no reino de Sérgio Cabral.
Nem tudo.
Vejam a foto acima.
A faixa estava na manifestação de ontem.
Meno male.
A famigerada Lei Kandir foi obra do tucanato, né? Agota Inês já está podre e nemhum político paranese diz algo que preste para defender o que é nosso. E os minérios, como ficam nessa história?
ResponderExcluirBemerguy, não é o caso de a energia da HU de Tucuruí ser utilizada apenas pelo Pará – que não é isso que eles (cariocas) querem para o petróleo.
ResponderExcluirSeria o caso de todo o ICMS incidente sobre a distribuição da energia daqui ser recolhida para o Tesouro paraense. Veja o absurdo: o ICMS sobre a energia de Tucuruí (não ouso dizer nossa energia porque não temos nada!) é paga na entrada para cada Estado que recebe; ou seja, além de ser favorecido pela remessa dessa energia, o Estado de S. Paulo, por exemplo, recebe as centenas de milhões correspondentes à cobrança desse imposto, e não o Pará. No Pará, ao contrário, além de as grandes indústrias serem subvencionadas do pagamento da tarifa (não pagam nem o que nós simples mortais pagamos, sustentando todo o custo) acima de tudo, ainda há evasão fiscal pela agregação de valor na produção de alumínio exportado quando, mais uma vez, somos fulminados pela Lei Kandir que desonera as nossas (aí eu tenho coragem de usar esse possessivo!) exportações.
E o que fazemos? Estamos na condição daquele poema, já não podemos mais dizer nada, porque arrancaram a nossa voz!
O protesto foi em favor da justiça. O pequeno grupo que se manifestou contra o governado só quis atrapalhar.
ResponderExcluirConvém, seu Espaço, corrigir o nome da cantora (excelente, por sinal) que é ALCIONE.
ResponderExcluirE o grupo da faixa acima, não "quis só atrapalhar", não.
Tá todo mundo "sisquecendu" do custo "DELTA", pago por nós, para o deleite lúdico do governador Cabral e amigos em Paris e adjacências...
É isso.
Obrigado, Anônimo.
ResponderExcluirEstá corrigido - de Elcione para Alcione.
Abs.