terça-feira, 20 de novembro de 2012

"Dido and Aeneas" estreia na quinta-feira


O Estúdio Ópera Pará-Amazônia, projeto de Extensão da Escola de Música da Universidade Federal do Pará, e o Madrigal da Universidade Estadual do Pará apresentam a montagem cênica da mais importante ópera inglesa do período barroco. "Dido and Aeneas", de Henry Purcell, com libreto de Nahun Tate, estreia no próxima quinta-feira (22), com reapresentação todos os dias, até o domingo, 25, sempre às 20 horas, no Teatro Cláudio Barradas. A direção musical e regência é de Milton Monte e direção cênica de Guál Dídimo. O elenco é paraense e os solistas são a soprano Luciana Tavares (Dido), o tenor Alcântara Júnior (Enéias), a contralto Gabriella Florenzano (Sorceress), as sopranos Symone Serruya Elmescany (Belinda) e Yashmin Friaça (2ª Dama), e os tenores Wilson Ferreira (Espírito) e Moisés Batista (Marinheiro).  
Composta em 1689 e considerada a primeira ópera genuinamente inglesa, Dido & Aeneas tem libreto baseado no IV Canto da Eneida, de Virgílio. Relata a história de amor trágico de Dido, rainha de Cartago, e do herói troiano Enéias, encarregado pelos deuses de fundar Roma. Em sua longa viagem, ele para em Cartago e se apaixona por Dido, que retarda sua partida, no que é ajudada por sua amiga Belinda. Mas, enquanto os enamorados estão caçando, a Sorceress (feiticeira) reúne bruxas numa caverna a fim de privar Dido de fama, vida e amor. Uma tempestade é criada para atrair o casal para a caverna, onde a Sorceres, através de um Espírito que se passa pelo deus Mercúrio, ordena a Enéias que deixe Cartago. O dever se impõe e Enéias segue em sua epopeia. Dido sofre e morre de amor.
Todo o elenco estuda no Conservatório Carlos Gomes e atua no Madrigal da UEPA e Madrigal da EMUFPA, à exceção da soprano Luciana Tavares e da contralto Gabriella Florenzano. O regente Mílton Monte fez um esforço hercúleo, sem patrocínio nem qualquer ajuda oficial.
Barítono paraense graduado pela Guildhall School of Music and Drama, de Londres, Bacharel em Canto pela UNESP, Milton Monte é Mestre em Música pela UFBA e professor da EMUFPA desde 2002, onde criou o Núcleo de Música Antiga. Fundou em 2001 e dirigiu o Madrigal da UEPA nos últimos onze anos, desenvolvendo trabalho artístico-pedagógico representativo na área da música barroca.
A soprano lírico Luciana Tavares é graduada pela Escola de Música de Brasília e se aperfeiçoou nos Estados Unidos, na University of Missouri, sob a orientação de Jo Ella Todd e Ann Harrell. Sua trajetória operística começou como Mimi na montagem de La Bohème, sob a regência do maestro Sílvio Viegas, no Teatro Nacional Cláudio Santoro, em 2004. Atuou nos papéis de Delia, emFosca, no X Festival Amazonas de Ópera, e comoMusetta, em La Bohème, no II Festival de Ópera da Amazônia, em Belém, além da Fada do Orvalho, em João e Maria, este ano, no Festival de Ópera do Theatro da Paz. Cantou sob a batuta dos maestros Emílio De Cesar, Lionello Cammarotta, Ernani Aguiar, Philippe Forget, Alessandro Santoro, Mateus Araújo, Elena Herrera, Sílvio Barbato, Donald Schleicher e Alessandro Sangiorgi.
A contralto Gabriella Florenzano é graduada em Canto Lírico pela Faculdade de Música Carlos Gomes-USP, além de Publicidade e Propaganda pela Unama. Fez master classes com Reginaldo Pinheiro, professor da Universidade de Música de Freiburg; com o tenor argentino Raúl Gimenez; com o maestro Andrés Máspero, diretor do Coro daStaatsoper de Munique; com a soprano italiana Mara Zampieri, com a mezzo soprano chilena Graciela Araya, e com o maestro, compositor e cantor francês Philippe Forget, além de curso de Interpretação em Ópera com a cantora lírica Neyde Thomas, o barítono italiano Rio Novello e o maestro Joaquim do Espírito Santo. Cantou no coral Marina Monarcha e no Madrigal da UEPA, em Belém.
Teve seu debut operístico em 2010, com o papel daSorceress em Dido And Aeneas, regida pelo maestro francês Philippe Forget, personagem que voltou a interpretar este ano, desta vez sob a regência do maestro Mílton Monte. Em 2011 participou do Festival de Ópera do Theatro da Paz, como “Flora” na cantata cênica “Carmina Burana”, no coro de “Tosca”, e no Concerto de Encerramento. Com a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia, se apresentou em diversos palcos em Belém e excursionou pelo País.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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