segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O que ele disse

"Chamar o PT e os militantes do PT de quadrilha é algo muito grave, na minha avaliação. Era minha tarefa defender o governo Lula, a relação com os movimentos sociais e a unidade da bancada num momento difícil. Que associação ilícita? É um absurdo falar isso. A minha associação foi em 1968 com o movimento estudantil. Na guerrilha, no PC do B, cinco anos preso, na fundação do PT, deputado, constituinte, 24 anos de mandato. Sempre defendi, inclusive quando estava na oposição, que a política se baseia em disputa e negociação. Muitas vezes fui posição minoritária no PT. Nunca tratei de dinheiro, de pagamento, de qualquer atividade criminosa. Participei de negociações políticas. Misturar negociações políticas, articulações e alianças com crime significa criminalizar a política. Eu não aceito essa acusação de ter integrado quadrilha. O PT não é um partido de quadrilheiro, de mensaleiro. Isso é uma afronta à nossa história. O PT precisava fazer aliança ao centro para ganhar a eleição e para governar."
José Genoino (na foto), ex-presidente do PT, garantindo que vai lutar "todos os dias, semanas, meses e horas" para provar sua inocência no processo do mensalão, no qual foi condenado por corrupção ativa.

4 comentários:

  1. Bom dia, caro Paulo:

    já votei em José Genoíno, em SP. Ele só perdeu minha torcida lá, quando Walter Barelli foi candidato a Deputado Federal.

    Para mim, ele foi a triste surpresa no esquema. Pelo seu passado, pelas suas lutas.

    Acho que deve lutar por condenação mais leve: corrupção passiva. O que não dá pra "engolir" é essa inocência tão pragmática.

    Abração, Paulo.

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  2. O Chico Alencar foi muito feliz ao dizer o seguinte, sobre os condenados José Dirceu e Genoíno : " Eles estão sendo julgados pelo seu presente, não pelo seu passado"

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  3. Condenação mais leve que quadrilha??? Só se for por caçar periquito.

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  4. Não nos esqueçamos que o passado do Genoíno foi a luta por "uma outra ditadura possível": a ditadura do partido único e sua burocracia, sempre em direção ao totalitarismo.

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