Do site Brasil 247
Se através de uma carta aberta, o presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, deputado federal Pedro Eugênio, fez questão de atribuir a derrota da legenda na disputa pela Prefeitura do Recife ao isolamento em função de “fraturas internas” e da falta de apoio de aliados históricos - no caso o PSB, que lançou o candidato vencedor Geraldo Júlio - o mesmo não fez o ex-presidente Lula em sua página no Facebook. No texto divulgado hoje, Lula fala sobre a vitória do PT em 624 cidades do País e atribui o resultado à militância e aos projetos do partido. Sobre o Recife, onde o PT saiu rachado da disputa e perdeu o comando da capital após 12 anos no poder, nenhuma menção.
O silêncio acerca da derrota acachapante (o senador Humberto Costa obteve o terceiro lugar, pontuando apenas 17% dos votos válidos) é revelador. O PT conta com o apoio do PSB para vencer a disputa em São Paulo no segundo turno. Ali o candidato do partido, Fenando Haddad, enfrenta José Serra (PSDB) naquela que talvez seja “a mãe de todas as batalhas” destas eleições. Para o PT, assumir o controle da capital paulista é uma questão de honra, uma vez que Serra é considerado o adversário a ser derrotado a todo custo.
Além disto, a manutenção da aliança com o PSB é fundamental para assegurar a tranquilidade da base governista em nível federal. Sem o apoio dos socialistas o controle do Governo sobre o Congresso ficaria extremamente enfraquecido, algo que não interessa ao PT neste momento. A legenda também vê com desconfiança a movimentação do PSB pelo país afora e teme que o seu presidente, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se lance ao Palácio do Planalto concorrendo diretamente com a reeleição da presidente Dilma Roussef.
O fato é que estes fatores e o silêncio em torno da derrota do Partido no Recife já estavam meio que previstos. Desde o início do pleito, quando Humberto Costa foi ungido candidato - a despeito das pretensões de reeleição do atual gestor, o correligionário João da Costa - o PT não quis comprar uma briga direta com o PSB e com o seu presidente. A campanha petista foi marcada pela falta de recursos financeiros e pela ausência da presidente Dilma e do ex-presidente Lula no palanque de Humberto.
Agora, passado o frenesi do primeiro turno, o mutismo em torno da situação no Recife coloca em uma delicada posição de isolamento os dois maiores nomes do PT no Estado: o próprio Humberto Costa e o seu candidato a vice, o ex-prefeito e deputado federal João Paulo.
Com o segundo turno cada vez mais próximo, os caciques das duas legendas terão que tomar cuidado para evitar o recrudescimento da crise entre os partidos. Se em São Paulo, PT e PSB estão juntos para derrotar José Serra, o mesmo não se repete em outras cidades importantes como Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE). Ali, ambas as siglas possuem candidatos próprios e a participação de Lula e Dilma, por parte do PT, e de Eduardo Campos, pelo lado do PSB, é considerada essencial para a vitória. O teor dos discursos é que vai definir o saldo final desta situação, mas o silêncio em torno do Recife fala mais do que mil palavras.
Centenas de prefeituras ao pt. Onde ficam essas cidades ? Possivelmente em locais onde a fome e o analfabetismo é acentuado.Trabalho em uma cidade onde o prefeito eleito não é letrado, não tem visibilidade, mas ganhou o partido, porque implantam o terror da perda do bolsa família. Assim vencem as eleições. Melhor o pt no poder do que perder a boquinha porque, sem brincadeira, não encontro ninguém sério pra cargas públicos.
ResponderExcluirO PT FICOU E FICARá DE FORA DAS CAPITAIS.
ResponderExcluirVai perder em todas as capitais, onde, de regra, as pessoas são mais esclarecidas em relação ao voto.
ResponderExcluir