É Edmilson Rodrigues e mais um. Quem?

Então, é assim.
Deem uma olhada no infográfico acima, pinçado do Portal ORM.
A menos que o sertão vire mar e o mar vire sertão, as eleições para prefeito em Belém serão decididas entre Edmilson e mais um.
Se é que haverá segundo turno - fique bem entendido.
Na segunda pesquisa de opinião feita pelo Ibope, encomendada pela TV Liberal, afiliada da Rede Globo, e divulgada neste final de semana pela própria emissora e pelo jornal O LIBERAL, o candidato  do PSOL se apresenta com 47% das intenções de votos, segundo a aferição, feita entre os dias 28 e 30 de agosto.
O crescimento de Edmilson Rodrigues foi de cinco pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, feito no início deste mês pelo mesmo Ibope. Em seguida aparece José Priante (PMDB) com 16% das citações. Caiu seis pontos em relação à aferição anterior, em que aparecia com 22% das intenções de voto. Zenaldo Coutinho (PSDB) mantém o mesmo resultado, com 12% das intenções de voto.
O radialista Jefferson Lima (PP) e o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS) têm ambos 6% das intenções de voto, índices bem próximos aos levantados na última pesquisa. O vereador Alfredo Costa (PT) e Anivaldo Vale (PR) obtém 3% das menções. Os nomes dos candidatos Leny Campelo (PPL), Sergio Pimentel (PSL) e Marcos Rego (PRTB) constavam no disco apresentado aos entrevistados, mas eles não atingiram nem 1% das menções. São um traço, portanto.
E aí?
E aí que os marqueteiros de Zenaldo e Priante precisavam se virar.
Precisam se virar nos 30.
Virar-se nos 30 significa que, a mais ou menos 30 dias das eleições, o peemedebista e o tucano precisam ter presente duas coisas.
Primeiro: evitar que Edmilson ganhe no primeiro turno.
Segundo: intensificar uma campanha que alguns chamam de positiva e outros, mais pomposamente, de propositiva, que no frigir dos ovos significa mostrar mais propostas, sem preocupar-se muito em bater no adversário.
Terceiro: agir com cautela se um quiser bater no outro - ou seja, Zenaldo em Priante e Priante em Zenaldo.
O cuidado e a moderação no tom, na intensidade e na qualidade das críticas que Priante e Zenaldo vierem a fazer um ao outro - se é que ambos vão, realmente, enveredar por esse caminho - explica-se pelo fato de que, com Edmilson já garantido no segundo turno, presume-se que, entre Priante e Zenaldo, o que passar para a fase seguinte vai precisar do outro.
Ou melhor: Priante ou Zenaldo precisarão do outro e dos outros.
A situação é bem diferente em relação à eleição de 2008, em que Duciomar se reelegeu.
Naquele ocasião, o atual prefeito foi para o segundo turno com Priante.
Qual a estratégia de sua campanha na reta final? Desconstruir, como se diz, o adversário, sobretudo associando-o ao primo Jader Barbalho.
Duciomar bateu na tecla de que não era ele contra Priante, mas ele contra Jader.
O eleitor, em boa parte, entendeu o discurso.
E reelegeu Duciomar.
Com o cenário, agora, é outro, esperemos para ver como as coisas se comportam.
Ah, e registre-se ainda: Zenaldo, como trunfo, tem o governador Simão Jatene.
Que já começou a dar as caras, com mais assiduidade, na campanha do tucano.