Celso de Mello: ele é o cara. Mas não dava pra falar um pouco menos? Só um pouco? |
O ministro Celso de Mello talvez seja o mais culto, o mais erudito dos magistrados do Supremo Tribunal Federal.
Aliás, em sua coluna de hoje, Mônica Bergamo informa que, muito provavelmente, Celso de Mello deverá se aposentar no próximo ano, três anos antes de entrar na compulsória.
Tomara que ele não se aposente.
Porque o ministro, repita-se, é o cara no Supremo.
Mas vejam só: Celso de Mello, o cara, o ministro culto, erudito e operoso (já sofreu os efeitos de trabalhar 14 horas por dias e dormir apenas três) também é o que mais fala no Supremo.
Ele fala demais.
Muito.
Muitíssimo.
Exageradamente.
Verborragicamente.
Torrencialmente.
Nesse quesito, talvez apenas Marco Aurélio compita (é do verbo competir, hein, gente!) com ele.
Ontem, por exemplo, debatia-se no Supremo uma proposição do relator do mensalão, Joaquim Barbosa, para que o Supremo oficiasse ao Conselho Federal da OAB no sentido de que apurasse eventuais transgressões e excessos de dois advogados que, em alegações finais, fizeram colocações que ele, Joaquim Barbosa, considerou ofensivas à sua pessoa.
Os ministros, todos, sem exceção, se manifestaram sucintamente sobre o assunto, rejeitando a proposição de Barbosa por entenderem que os advogados possuem imunidades no exercício profissional.
Até Marco Aurélio se pronunciou sucintamente.
Aí, chegou a vez de Celso de Mello falar.
E ele falou, falou, falou, falou e falou.
Ficou uns 10 minutos falando.
Se dessem corda, falaria por mais 30.
Sim, as suas intervenções, como sempre, foram brilhantes.
Oportunas.
Fundamentadas.
Mas não era necessário tudo aquilo.
Até mesmo porque o julgamento do mensalão precisa andar.
Do contrário, não acaba.
Cena recorrente, repetitiva e abusiva:
ResponderExcluirTv. Dom Romualdo Coelho, entre S. Lemos e J. Pimentel, onde fica o comitê do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, carros de candidatos e carrosde som do PSOL em fila dupla estacionados em frente e muito mais, numa travessa que é de MÃO DUPLA!
É o inferno pela manhã, meio dia e no fim da tarde!
Na terça, as 18:10 h travou tudo, ninguém ia nem vinha;uma enorme fila que travou a S. Lemos inclusive.
Os motoristas que ousavam se arriscar espremidos entre os carros estacionados do Psol(carros maiores não passavam) passavam esbravejando e, pasmem, eram recebidos por uma jovem senhora (certamente proprietária de uma enorme Hiundai "socialista".
Ela, com expressão entre irônica e sarcástica, sorria da calçada e falava:
"-...gratos pela compreensão" !!
Mas não tirou o carrão da fila dupla interminável.
É, "socializaram" a Tv. D. Romualdo Coelho, madame.
E pensar que o candidato Edmilson já foi prefeito.
Será que ele sabe desse abuso desmedido? Será?
Sei não..
Você escreve demais.
ResponderExcluirVeja como você se sente quando alguém censura sua palavra...
Fiquei estarrecido com a matéria publicada neste blog no dia 16/08/2012. Uma pena ter sido veiculada opinião tão infeliz! O Ministro Celso de Mello - magnífico e fervoroso defensor dos direitos fundamentais - não merecia ter sido alvo de tão injusta e mesquinha análise. Assim como o fez o senhor redator do “Espaço Aberto”, também ouvi – com muita admiração e respeito – a valiosa intervenção do Ministro sobre questão da mais alta relevância no âmbito nacional: a essencialidade da atuação do advogado e a inviolabilidade desse relevante profissional do Direito.
ResponderExcluirLendo tudo que foi dito nessa matéria, só há um ponto em que concordamos, prezado redator: “O Ministro Celso é realmente brilhante”.
A sua cultura e inquestionável responsabilidade social despontam na mais alta Corte do País, como verdadeiro alento àqueles que procuram Justiça. Quanto às outras sugestões feitas na matéria, tenho que discordar com muita veemência. Falou-se demais! Houve excesso. Injustiça e indelicadeza, no mínimo.
O senhor não falou demais, Ministro Celso de Mello! O senhor nunca fala demais! Ao contrário, suas opiniões na Corte são sempre muito bem fundamentadas e coerentes. Quem fala demais é aquele que não soube avaliar a importância da brilhante e impecável manifestação que foi feita por Vossa Excelência em favor da supremacia da lei fundamental do nosso País.