Em tempos de renovadas especulações de que o Banpará será vendido ao Banco do Brasil, analistas do ramo, que inclusive conhecem bem - muito bem - os números do banco, consideram que a instituição oferece cenário confortável ao seu controlador.
Consideram que o Banpará é rentável, com valor de mercado e com uma carteira que interessa ao sistema financeiro.
A avaliação do Banpará, caso venha a ser vendido, terá sua avaliação mensurada considerando a pujança de sua carteira de crédito, atualmente com mais de 800 milhões em créditos com baixíssimo risco, credenciando-o a ostentar um fluxo de caixa positivo no curto e longo prazo.
Mas há uma luz amarela, senão vermelha, no fim do túnel: trata-se de uma carteira com exclusividade em cima da folha de pagamento do governo do Estado. Com as novas regras de portabilidade bancária já em vigor, o banco pode sofre perdas em função disso.
Se considerado o modelo de avaliação baseado no balanço patrimonial do Banpará, mais precisamente o modelo do valor contábil, analistas apontam uma precificação para o banco na faixa dos R$ 300 milhões. Já considerando a carteira de crédito, o valor pode ser bem superior.
Se vier a ser considerada a hipótese da venda ou da federalização do Banpará, analistas recomendam que o Estado recorra a uma consultoria especializada em precificação de empresas. Com o peso da carteira de crédito, o preço ficaria entre R$ 400 milhões e R$ 600 milhões, mas somente uma avaliação criteriosa é que poderá apontar o valor mais aproximado da realidade.
Caso o governo venha realmente a negociar o banco no mercado, analistas apontem que um alternativa seria negociar o banco comercial e abrir uma agência de desenvolvimento, a exemplo do que já fez o governo de São Paulo, a partir da federalização da Nossa Caixa. Assim, o governo paraense criaria a agência de desenvolvimento do Estado do Pará, que nasceria com o que é hoje a Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Social (Sudes) , que administra recursos dos diversos fundos e programas do governo do Estado.
Analistas acrescentam ainda que este é o momento para o governo agir no sentido de eliminar a grande ameaça que ronda o Banpará.
Dentre as opções, consideram que a federalização seria a mais palatável do ponto de vista político tanto interno (funcionalismo do Banco) como dos sindicatos e de associações relacionadas.
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Nenhum governo tem legitimidade suficiente pra privatizar um patrimônio público. Ter sido eleito pelo povo, não significa ter carta branca para vender o que é do povo.
ResponderExcluirO Banpará é um patrimônio do povo paraense. Um Banco construído, no dia-a-dia, por funcionários dedicados, uma empresa que dá cada vez mais lucro para o Pará, e está bem longe de ser um estorvo, visto que, só em 2011, repassou cerca de 60 milhões ao governo estadual. O Banpará é um Banco que vem se fortalecendo, crescendo, e caminha para cumprir sua missão primordial de ser um dos pilares da política de desenvolvimento do Estado. Mas é preciso saber qual política de desenvolvimento a atual gestão deseja implementar. Isso é que não está claro.
Infelizmente, o atual governo estadual ainda não disse a que veio. Em um ano de gestão não dá sinais de colocar em prática as promessas que o elegeram. Ao contrário, mobiliza a Assembléia Legislativa para tentar aprovar, no apagar das luzes de 2011, um Projeto de Lei - PPP, parceria público-privada, que significa a privatização branca de serviços e empresas estatais. A versão paroara da privataria tucana, aliás, já bem conhecida por nós, vide Celpa e antiga Telepará.
O Banpará venceu as ondas privatistas desde a década de 90, mantendo-se, até hoje, como um dos cinco Bancos públicos estaduais sobreviventes, pela lucidez de lideranças de movimentos sociais, de alguns homens públicos sérios e, sobretudo, pela luta incansável de seus funcionários, que chegaram a emprestar 20% de seus salários por onze meses para capitalizar o Banco em 1998. Há toda uma história de resistência e defesa do Banpará, e nela está inserida a fundação da AFBEPA, em 1987, quando os interventores, à época, haviam decidido fechar as portas do Banco.
Vender o Banpará significaria abrir mão de um importante instrumento de desenvolvimento com inclusão social. O que é preciso é investir no Banpará, modernizar, resolver os problemas tecnológicos, oferecer mais e melhores produtos e serviços à população, e levar o Banpará a cada município do Estado, que, pela lógica do capital, não interessam aos grandes Bancos públicos e privados, mas onde há famílias paraenses, pessoas que merecem respeito e espaço pra crescer e se desenvolver como cidadãos.
O melhor para o Pará, para os funcionários e para o Banpará é que permaneça um banco público e estadual e que seja cada vez mais valorizado! Por que abrir mão de um banco lucrativo para o Estado?
ResponderExcluirO melhor é privatizar.
ResponderExcluirE o PT gosta disso. É só ver o leilão que já ocorreu do aeroporto de Natal e vai chegar a São Paulo, logo logo.
As privatizações nunca foram boas para a população. No caso Celpa e Telepará, estamos pagando mais caro por piores serviços.
ResponderExcluirSe O Banpará está dando lucro e repassando dinheiro ao Estado, esse dinheiro tem que ser investido em obras e serviços para a população.
Vamos perder mais um patrimônio estadual, porquê???!!! Quem ganhará com isso???!!!
Falar sobre privatização da Celpa e Telepará e dizer que se paga mais caro é, no mínimo, meia verdade. Da Telepará não posso abordar pq não conheci o suficiente para comentar.
ResponderExcluirDa Celpa, sim, pois lá trabalhei por mais de 20 anos e o que havia de maracutaia não está escrito. Muitos enriqueceram, especialmente com compras fictícias, superfaturamentos, gastos com viagens que só existiam no papel e funcionários fantasmas.
O Banpará é questão de tempo. Se Marcilio Guerreiro ainda vivesse diria o que foi e é o Banco.
eu sou funcionario e concordo se federalizar, para mim é melhor que vender para um banco privado pois pelo menos ainda contuaremos em um banco público, outra coisa tenho varios colegas que são policiais e professores que estão tirandos seus salarios para receber no banco do brasil e caixa, gente vamos logo antes que seja tarde de mais.
ResponderExcluirPaulo,
ResponderExcluirnão há a menor razão para vender,m privatizar o Banpará. Disse isso em arigo publicado no blog da Articulação, assinado por mim pela companheira Heidiany Katrine Moreno.
Este é o linque.http://artebancaria.blogspot.com/2012/01/venda-do-banpara-nao-passarao-artigo.html
abraços,
vera