segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Real Class ruiu, mas a Real está de pé

O terreno no bairro do Umarizal, próximo à Doca, local de um novo empreendimento da Real Engenharia

O edifício Antares, da Construtora Almirante, onde uma sacada despencou
Há um ano, precisamente no dia 29 de janeiro de 2011, um sábado, início de tarde, em meio a um toró daqueles, desabava o Real Class, um edifício na Três de Maio, entre Governador José Malcher e Magalhães Barata, em São Brás.
Três pessoas morreram.
Um vida que se perca numa situação dessas já representa uma tragédia, é verdade.
Mas poderiam ser mais.
Poderiam ser dezenas, se fosse um dia útil e os operários estivessem na obra, ou centenas, se o edifício, em vez de ruir como se fosse numa implosão, tivesse tombado para a frente, para trás ou para qualquer dos lados, situação em que atingiria residências próximas.
Duas pessoas foram indiciadas por homidício culposo: o dono da empresa, engenheiro Carlos Lima Paes, e o calculista, Raimundo Lobato.
E aí?
E aí que o Real Class ruiu, mas a empresa, Real Engenharia, está de pé.
Estão vendo esse terrenão aí, que são mostrados na foto do blog.
Fica na rua Domingos Marreiros, entre Almirante Wandenkolk e Dom Romualdo de Seixas, área nobre do Umarizal (aliás, todas as áreas do Umarizal hoje são nobres, não é?).
Pois nesse terrenão que aparece aí será construído um novo empreendimento da Real Class.
Não se sabe ainda o nome. E nem quando começarão as obras.
Mas está tudo pronto para que comecem.
Até agora, não há informações concretas se a empresa mudará de nome.
Bem próximo ao prédio que será construído fica um outro, o edifício Antares, erguido pela Construtora Almirante.
Nesse edifício, em julho do ano passado, a sacada do apartamento do sétimo andar despencou, derrubando pedaços de concreto sobre uma residência ao lado do prédio.
Durante a vistoria, foi identificada uma pequena fissura no reboco do sexto andar do prédio, mas que não chegou a provocar risco de desabamento.

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8 comentários:

  1. Poster, apenas como colaboração: o endereço do Real Class está errado no post (Três de Maio, entre Governador José Malcher e Generalíssimo e 14 de Março). Abraço.

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  2. O problema é que não existe um órgão que fiscaliza os cálculos feitos por esse pessoal.

    O CREA só fiscaliza o exercício da profissão, em outras palavras, se há ou não engenheiros nas obras.

    Já a Prefeitura fiscaliza, e porcamente, a obediência ao plano diretor (recuos, etc).

    Os Bombeiros só a questão referente à sua área, que é bem específica.

    E ai vira uma festa de incompetências, isto é, ninguém tem competência para fiscalizar o que é mais importante.

    A existência desse órgão poderia ter descoberto o erro de cálculo estrutural do Real Class e evitado a tragédia.

    Mas como estamos em uma republiqueta, nada disso vai ocorrer e daqui a mais 20 ou trinta anos outro poderá cair. Sim, cair, pois isso deveria ter sido feito em Belém quando caiu o Raimundo Farias. E fizeram algo???

    Nossos governantes foram, e são, um bando de irresponsáveis.

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  3. EI BLOG, O QUE O CREA FEZ COM ESSES PROFISSIONAIS???? CASSOU A CARTEIRA???

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  4. Das 08h22,
    Corrigido o endereço.
    Muitísismo obrigado.
    Abs.

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  5. Outro prédio estala em Belém. Segundo relatos de moradores da Angustura, entre 25 e Duque, uma das torres que a Marko está construindo no quarteirão estalou.

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  6. Informação: tem um Real em construção na D.Pedro, coladinho no Lider.
    Pois bem; há uns 6 a 8 meses, observamos que os pilares do térreo, já prontos, estavam recebendo uma nova ferragem, que posteriormente foi concretada, fazendo dobrar a largura dos pilares.
    Sabe lá por quê esses pilares foram reforçados depois de estar prontos, dobrando de dimensão...
    Sabe lá.

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  7. Cel Pantoja Jr30/1/12 18:20

    Hahahahaha! Essa Real não tem jeito!

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  8. Interessante que a fato deve ter sido batida de um prédio da porte engenharia (Malmo), que dever ter sido calculado pelo mesmo calculista da Real!

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