Com a greve, terceira rodada do Parazão fica comprometida

Com a reunião no CIG, ali quase em frente ao Colégio Nazaré, o bairro inteiro de Nazaré está um caos.
Chamem a polícia!
Mas não tem polícia, que está em greve.
E mesmo quando tem polícia, o caos nessas manifestações de grevitas, sejam eles quem forem, nunca é evitado.
Aliás, com a paralisação dos policiais, a terceira rodada do Campeonato Paraense está virtualmente comprometida.
Quem vai policiar os jogos do final de semana?
Quem vai dar a mínima segurança na Curuzu, amanhã, quando o Paysandu enfrenta a Tuna.
A Federação Paraense de Futebol precisa se pronunciar logo - agora, de preferência - se vai ter rodada ou não, sobretudo se a greve se ampliar para o interior do Estado.
Por que a pressa?
Porque o Remo está, como se diz, de malas prontas para viajar a Cametá.
O Águia de Marabá, a mesma coisa: pronto para viajar a Santarém, onde enfrentará o São Francisco no sábado à noite.
E se os times chegarem a seus destinos e não houver o mínimo de policiais para garantir a segurança durante as partidas?
E se não houver os jogos? Quem vai ressarcir as despesas com passagens e hospedagens dessas equipes, que já vivem com seus cofres combalidos e dependem inteiramente de rendas para pagar seus compromissos?
Não caiam na ilusão de que, se a adesão à greve aumentar, os 30% de policiais que, no mínimo, precisarão continuar no batente são suficientes para garantir a segurança nos estádios.
Não caiam nessa ilusão.
O comando da PM não vai, certamente, privilegiar a segurança de 20 mil, 30 mil torcedores que poderão ir aos estádios neste final de semana, para assistir a partidas pelo Parazão, em detrimento de 7,5 milhões de pessoas que ficarão desprovidas de segurança enquanto a greve durar.
É assim.
E então, vai ou não ter a terceira rodada do Parazão?