terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Castagna Maia, um advogado diferenciado

Do leitor Madison Paz de Souza, sobre a morte do advogado Castagna Maia:

Caro Maia,
Lembro, com o sentimento da gratidão, o dia em que, na sede da Aeba, tive a oportunidade do primeiro contato contigo, um dos mais renomados especialistas em direito previdenciário do País, para nos assessorar quanto ao voto, no Condel, contrário ao “Amazonvida”. Sentimento pequeno demais para tudo o que representastes e dignificastes a advocacia brasileira; menos ainda para o que foste, em vida terrena, como mensageiro de luz em defesa das tantas causas abraçadas como aquelas em defesa dos participantes da Capaf e dos dignos e oprimidos participantes do Aerus.
Não é demais nem inoportuno dizer-te, caro e eterno amigo Maia, que, não fora a tua atuação segura e destemida junto aos tribunais dos homens, os aposentados e pensionistas da Capaf (por nós representados, no Condel e Confis, desde 97 até a data da recente intervenção determinada pela Previc), de há muito estariam à míngua, fadados ao destino que o Banco da Amazônia e a própria PREVIC lhes traçara.
Lembro, Dr. Maia, o dia em que contigo, “confinados” no teu gabinete de trabalho, acompanhei o desenvolvimento da inicial que moverias, como movestes, contra o Basa e União, a respeito das responsabilidades sobre o déficit da Capaf. Foi uma experiência única, porque, entendo, seriam poucos os profissionais que emprestariam tanta dedicação profissional e espírito humanitário a uma causa daquela dimensão, ao ponto de se dispor a uma jornada ininterrupta de trabalho, das 8h30 de um dia às 3h do dia seguinte, sem direito a nada mais que lanches e cafezinhos, “regime” somente quebrado depois de cumprida a missão, já quase ao raiar de um novo dia.
Foi justamente o dia em que, já pela parte da tarde, receberas o telefonema de alguém do Aerus, dando conta da intervenção naquela entidade previdenciária. Acompanhei, naquele momento, a tranquilidade que tiveste para prosseguir a exordial contra o Basa/União Federal, ao tempo em quer te preparavas para enfrentar, no dia seguinte, mais um delicado capítulo do caso Aerus. Comprovei, então, que estava diante de um profissional diferenciado. Um profissional que não conseguia deixar de se apaixonar pelas causas às quais se dedicava. Isto, Maia, é incomum, porque envolve mais que dedicação profissional. Envolve sentimento e garra de quem viveu neste Planeta Terra, predestinado à prática do bem em defesa dos oprimidos.
Maia, você foi diferenciado na vida terrena porque é um ser de luz, que deixa a vida encarnada para cumprir Missão Divina no Mundo Espiritual. Oxalá, dentro dessa missão, recebas mandato de Deus para prosseguir as nossas defesas, fora das tribunas cá da Terra, mas, ativamente, nas Tribunas Celestiais. Segue, com Deus, a tua jornada, Maia.
Cá da terra, ficamos eternamente gratos por toda a tua dedicação às nossas causas, mas, sobretudo, por tudo o que fostes como amigo dos teus amigos, e, tenho certeza, como homem comprometido com os atributos marais nas dignos na pessoa humana.
Aos teus familiares e a todos os que te querem bem, as nossas condolências pela ausência física e o conforto de saber que estarás no Reino do Senhor a interceder por nós, na dimensão exata da tua luz espiritual.
Forte abraço; continue conosco,
MADISON
OS: A partir de agora, estou substituindo a minha via de comunicação contigo. Deixarei os e-mails e adotarei a Oração Espiritual para que o Senhor te guarde em Luz Divina.

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