sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O que Duda terá achado do tempo de defesa de Jatene?

Duda Mendonça: o tempo que Simão Jatene usou para se defender de acusações terá sido excessivo?
Até alguns defensores do "Sim" - aliás, bem influentes na campanha - reconhecem que as frentes em defesa da criação dos Estados de Carajás e do Tapajós calcularam mal as consequências dos ataques ao governador Simão Jatene no horário eleitoral.
Não imaginavam, muito embora até admitissem remotamente, que o governador fosse ter deferido pela Justiça Eleitoral mais de 30 minutos de direito de resposta aos ataques que sofreu.
Resultado: com a presença de Jatene no rádio e na televisão, justamente nos últimos dias - para não dizer nos últimos minutos e segundos - da propaganda eleitoral, as frentes em defesa do "Sim" ficaram desfalcadas de um tempo precioso para transmitir seus últimos apelos aos eleitores, antes do plebiscito do próximo domingo.
E qual o papel do marqueteiro Duda Mendonça nessa parada toda?
Se perguntarem a ele, ouvirão que é apenas o marqueteiro; mas os políticos é que decidem.
É mesmo?
É e não é.
Marqueteiros não decidem, mas a opinião deles pesa como elemento exponencial no processo de decisão que outros tomam.
Duda alertou as lideranças do "Sim" para os riscos de Jatene obter o direito de resposta às críticas que recebeu?
Aliás, seria interessante perguntar a Duda se ele acha que o tempo para o governador se defender foi excessivo.
Talvez ele até diga que, em vez de 30 minutos, Jatene deveria ter direito a 90 ou 120.
Sabem por quê? Para ser coerente com uma resposta que ele deu quando estava depondo na CPI do Mensalão.

"Fulano é ladrão." "Eu não ladrão."
Essa ninguém contou ao poster.
O poster mesmo viu. E ficou tão impressionado com a racionalidade, com a pertinência da resposta que nunca mais a esqueceu.
Duda discorria sobre o direito que cada um tem de defender a própria honra.
E aproveitou para criticar a proporcionalidade que prepondera no Direito Eleitoral, segundo a qual um candidato acusado pelo adversário tem o direito de se defender, no rádio ou na televisão, pelo mesmo tempo em que durou a ofensa.
Essa normal legal é injusta, defendeu o marqueteiro.
E formulou uma hipótese, para mostrar o disparate da regra.
Um candidato vai à TV e diz assim:
- Fulano é ladrão.
Só isso e apenas isso.
O acusado de ser ladrão teria, por lei, o direito de dizer apenas e tão somente:
- Eu não sou ladrão.
Duda não vê sentido numa coisa dessa.
Nessa situação específica, explicou ele, era preciso mensurar o grau da lesividade da ofensa, a sua extensão, o seu potencial destrutivo em relação à imagem de quem é atacado.
Um sujeito chamado simplesmente de ladrão deveria, no entendimento que Duda externou naquela sessão, ter muito tempo, mas muito tempo mesmo para se defender de qualificativo (ladrão) com carga tão infamente, tão destrutiva, tão ignominiosa.
Duda está certo.
Está certíssimo.
Sua percepção, demonstrada naquela ocasião, é perfeita.
Voltemos, agora, ao caso Jatene.
O governador, é claro, não foi, nem de longe, acusado de ladroagem ou de outro deslize ético.
Mas foi alvo de acusações fortes que precisariam ser respondidas.
Eram necessários 30 ou 31 minutos, o mesmo tempo em que duraram os ataques?
Eram necessários, naquela circunstância específica, apenas 10 ou 12?
Ou eram suficientes 90 ou 120?
Sabe-se lá.
Duda bem que poderia vir a público para dar sua opinião sobre isso.

4 comentários:

  1. É, poster, o Duda viu que o barco furou e deu no pé.

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  2. Olá anônimo das 08:07, por que não te calas?

    Pare de abusar do direito de expressão.

    PB fez um belo trabalho para fins de reflexão e aí vem vc postar algo que refoge ao pretendido pelo PB.

    Portanto, repito: por que não te calas?

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  3. pera lá!!!!
    o Jatene só cnseguiu esse direito de resposta, porque o Juiz inovando, como reconheceu o TRE concedeu liminarmente o pedido que o próprio Governador não formulou. Explico: OGovernador pedidu liminarmente que o programa não fosse reapresentado. Mas o Juiz deu logo, liminarmente o direito de resposta. Aí hoje, sexta feira, é que o Tribunal, mudando entendimento de terça feira dia 06, admitiu o pewdido do Gov e manteve o que foi deferido antes.
    Mas mandou abater do tempo usado nas respostas o que não era ofensivo.

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  4. Vamos ser francos: o Duda Mendonça tomou um baile do Orly, Glauco & Cia. Tudo bem que a causa que ele defendia era mais que furada, mas ele acenou, desde o início, que seria capaz de obter a vitória.

    Parabéns aos nossos competentes publicitários.

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