terça-feira, 1 de novembro de 2011
Grande Lula!
Vejam o vídeo acima.
É de hoje.
Mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa mensagem aos brasileiros, na primeira manifestação pública após ter recebido alta do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde começou a se submeter ao tratamento quimioterápico para se curar de um câncer na laringe detectado no último final de semana.
Cheio de otimismo, ele agradece o carinho dos brasileiros, as manifestações de solidariedade, diz estar certo de que, seguindo as recomendações médicas, vai "tirar de letra" a luta contra a doença e dá um até breve no final: "Até a primeira assembleia, o primeiro comício, o primeiro ato público".
Grande Lula!
Força toda hora!
Força a vida toda!
Digam o que disserem, esse cara é pai d'égua! Ser retirante do agreste pernambucano, um "paraíba", como dizem os paulistanos pra todos os nordestinos e nortistas, e chegar a presidente da República, contra a maioria dos votos da maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo, é pai d'égua!!!!!
ResponderExcluirPrezado PB,
ResponderExcluirEssa tua exaltação da figura do ex-presidente não combina com tua postura habitualmente sóbria, crítica e moderada. Vejo nela uma sutil ironia ou, o que me parece mais provável, uma provocação aos que gostam e aos que NÃO gostam do Lula (mas que nem por isso lhe desejam a morte).
Como integro o segundo grupo, digo, para limpar a fachada, que desejo ao ex-presidente que se recupere logo, que volte a ter a saúde, o nosso bem mais preciso; no entanto, é preciso olhar a declaração com olhar crítico.
Observe, por exemplo, que Lula pede apoio à persidente Dilma e tenta identificar sua condição pessoal com a situação do país, como se tratassem de um único ente, algo típico dos líderes populistas, algo de que a América Latina está cheia.
Ora, isso é fazer proselitismo político com a própria doença e é vergonhoso que ele se aproveite de um momento doloroso, repleto de incertezas, para jogar para a plateia.
Se ele pode fazer isso - e o faz claramente -, então podemos igualmente criticá-lo politicamente, a despeito de sua grave enfermidade, não é verdade?
Queria ouvir a opinião do ilustre jornalista, a quem muito admiro, sobre esse aspecto da declaração, mas, por favor, sem loas ao grande líder, pois isso não combina contigo, querido PB.