quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Não é verdade, dr. Sérgio Couto
O título deste texto veio não apenas da exclamação assertiva proferida com entonação inequívoca (“é verdade, é verdade!”) pelo senhor, dr. Sérgio Couto, em resposta à adjetivação do presidente da OAB/PA, Jarbas Vasconcelos, de que o Conselho Seccional é composto por gente “nova e imatura”. Também vem da explícita adesão do dr. Sérgio Couto à falácia proferida pelo dr. Jarbas de que ele estava no front e o “Conselho estava embaixo da mangueira”.
Em grande parte do tempo, preclaro ex-presidente e conselheiro vitalício, o dr. Jarbas esteve no front de batalhas que ele, pessoalmente, por voluntariosidade pueril ou por interesses inconfessáveis, quis ter. Esteve no front, aliás, quando não sozinho – conforme se rotula heroicamente -, esteve acompanhado por uma massa mambembe que arrebanhava à guisa de um “incrível exército de Brancaleone”. Fomos nós, os definidos como imaturos com a sua aquiescência, que estamos mantendo incólume o patrimônio físico da OAB, e recuperaremos o moral.
Ele, dr. Sérgio Couto, era liderança apenas de meia dúzia de deslumbrados da mesma igualha, a maioria, aliás, composta de funcionários ou de advogados fora do quadro do Conselho, ex-comissionados do falido e acabado governo da pareceira dele Ana Júlia Carepa, de triste memória. Alguns advogados militantes sérios, pessoas de bem, que, por se imporem uma lealdade a que não estão obrigados, vivem hoje o desconforto de não saberem livrar-se do parasita moral que os vampiriza. Vários conselheiros probos perceberam que eram usados para coonestar as encenações chavistas, e se afastaram há muito tempo.
Acertos pontuais raros foram sobrepujados com vantagem olímpica por trapalhadas; várias manobras converteram-se em vergonha pública coletiva. Impressiona sobremaneira o cinismo, a compulsão febril em mentir. Como o senhor é um homem culto, dr. Sérgio, deve lembrar o que disse Machado de Assis em Dom Casmurro, que se aplica à perfeição ao dr. Jarbas: nele, “a mentira é tão involuntária como a respiração”.
Mas, mesmo com essa cultura incontestável, sua sagacidade e presença de espírito que lhes são peculiares, o senhor não verberou o dr. Jarbas quando ele afirma que estava no Rio de Janeiro e ninguém o avisou que havia graves irregularidades na venda do imóvel da OAB em Altamira. Sobre esses eventos, ao sabê-la em andamento, eu telefonei à dra. Ana Kelly Amorim, que incontinenti avisou-o para que sustasse a transferência em Cartório. Reagiu, então, fazendo acusações à minha pessoa e discutindo com a conselheira em questão. Ela insistiu para que sobrestasse até seu retorno de viagem. Em vão. E não sabia ela que ele já havia passado por cima da ordem expressa de parar a transferência dada pelo dr. Evaldo Pinto, que era o presidente em exercício, mas que, nessas alturas, já fora vítima de falsificação da assinatura, com o pleno conhecimento do dr. Jarbas.
Disse Winston Churchill que, em tempos de guerra, é necessário um exército de mentiras para proteger a verdade. No caso do dr. Jarbas, o seu exército de mentiras é autotélico, mas só acedem a ele os fronteiriços ou os mal intencionados.
Tudo isso era do seu conhecimento, dr. Sérgio Couto, dito por mim, pelo dr. Mauro Santos e pelo dr. Jorge Medeiros na presença de outros colegas do Conselho, advogados e da dra. Avelina Hesketh, em mais de uma ocasião. Mas o senhor não redarguiu o dr. Jarbas em nenhum momento, apresentando a versão do seu conhecimento, criando, assim, uma insinceridade mútua que retira a possibilidade de qualquer proveito moral desse encontro.
Dessarte, surpreende, dr. Sérgio Couto, que o senhor tenha deitado as orelhas a escutar tanta conversa de alguém que o senhor já conceituou moral e intelectualmente de modo definitivo. Como poderia surtir efeito para a Advocacia e para a OAB o resultado de uma entabulação entre o senhor e o indigitado? O senhor precisa dar mais explicações sobre o que seria aproveitável. Não precisa dar explicações a mim e aos meus demais companheiros de Conselho, posto que não nos incluímos entre os seus liderados, mas deve dar a estes.
Digo isso por respeitar a sua biografia.
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ISMAEL MORAES é advogador e conselheiro da OAB-PA
Parabéns, Ismael!
ResponderExcluirVocê e Ana Kely estão de parabéns!
A conversa entre os dois (sergio e jarbas) demonstrou uma tentativa de aproximação, não tenho dúvidas!
E as mentiras foram inúmeras...
O Jarbas chamou os conselheiros de imaturos???? kakakakakkaka
ResponderExcluirEsse cara não para de errar não?
Quanto mais ele fala, mais se enrola hehehehe
Os imaturos salvaram o patrimônio da OAB e ele ainda se dá ao luxo de criticar e deixar gravar a sua crítica kakakakaka
Quem conhece Ismael sabe que ele estava na frente de batalha desde o início! E graças a esse "imaturo", o negócio foi desfeito. Jarbas tem verdadeiro ódio desses imaturos... Mas eles estão de parabéns pela postura firme e coerente.
ResponderExcluirApoiado Dr. Ismael. Já chega de Coutos, hesketch, cavalcantes, vasconcelos a envergonhar nossa gloriosa ordem.
ResponderExcluirBASTA !!!!!!
AMIRALDO PEREIRA - MIRO
ADVOGADO
O Sr está sendo injusto consigo e com os seus pares nominados por ele.Até porque os seus pares nominados não abonam o seu pronunciamento conforme postado. Por favor, não cite mais meu nome,no contexto do seu livre expressar seu pensamento.
ResponderExcluirPrecisamos nos acostumar (será?)a viver na estranheza, na esquisitice,protegendo-nos como podemos de atos,fatos e idéias bizarros.Assim, avalio tal manifestação.
ResponderExcluirJá tô de saco cheio desses que se dizem supostos paladinos. Se querem ser presidente da OAB-PA que se candidatem...Mas parem de denegrir a instituição...
ResponderExcluirA atual gestão da OAB-Pa é extraordinária. Não tenho dúvida de que se tem feito muito para fortalecer as prerrogativas profissionais da advocacia,defender o Estado Democrático de Direito e assegurar a transparência, ao vivo e a cores,é muito forte nesta gestão,mesmo em momentos difíceis e injustamente forjados pelos que são adptos do quanto pior, melhor.
ResponderExcluirParabéns Dr.Ismael. O Sr. é o meu Bin Laden. O Sr. é o meu Muamar Kadafi.Parabéns também para aqueles que o Sr diz e nomina serem seus companheiros.
ResponderExcluirVixe...sumano, a coisa esta preto-escuro.
ResponderExcluirpb, comente o que vc. achou do resto da conversa de jarbas e sergio... não pareciam dois antigos companheiros que se admiram?
ResponderExcluirO Jarbas Vasconcelos disse ao Sérgio Couto: se dois ou três conselheiros mais experientes tivessem ido ao Rio de Janeiro atrás de mim, eu teria renunciado à questão do terreno...
ResponderExcluirEntão, nós advogados, pedimos agora a dois ou três conselheiros: compareçam à residência de Jarbas pedindo para ele renunciar à OAB-PA! É o mínimo que ele pode fazer a favor da advocacia. Quem se candidata a ser um dos dois ou três sábios conselheiros?
Pior q conselheiros aliados ja pediram p ele renunciar mas ele nao ouve.
ResponderExcluirPior que eh verdade. Aliados dele vieram a nos como interlocutores, qdo a coisa comecou a pegar fogo, no inicio. Sugerimos que ele e toda a a Diretoria se afastasse do cargo pra permitir isencao na apuracao. Ele, meu ver A meu ver inves, determinou a a criacao de comissoes ilegais que usurparam funcoes. Uma delas, regsitre-se, presidida pelo Dr. Aloisio Meira, advogado do cartorio Diniz, onde ocorreu a a falsificacao.
ResponderExcluirNo curso desse desgastante e tragico evento, o JV criou toda semana, senao todo dia, um evento que mais o afundava na lama.
Hoje inexiste ambiente nenhum que possibilite convivencia.
13:52 e 13:58 - Queres tapar o sol com a peneira? Nessas alturas do campeonato não dá mais.Os fatos são públicos e notórios contra a atual gestão, não são meras insinuações.Tem muita coisa escrita,não esqueça! Se existisse a tal transparência, inclusive no site da OAB, porque nenhuma palavra sobre a decisão do Conselho Federal, da Polícia Federal e da Corregedoria do Tribunal de Justiça? Responda,se puder.
ResponderExcluirUrubus e sabiás
ResponderExcluir"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros.
Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa , e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.
— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...
— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.
E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...
MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá."
Rubem Alves. "Estórias de quem gosta de ensinar"