Uma estratégia de desenvolvimento regional ou projetos oligárquicos de dominação? Este será o tema do debate que o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor) promoverá nesta quinta-feirta, às 19h, no Auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA), na Praça Barão do Rio Branco, em Belém. O debate será aberto ao público. Já confirmaram presença os deputados Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB), da frente contra a divisão do Estado, e João Salame (PPS) da frente pela criação do Estado de Carajás, e o deputado Lira Maia (Dem) da frente pela criação do Estado do Tapajós.
Como técnicos, participam do debate Célio Costa, economista com mestrado pela UnB/UFG, Célio Costa, autor dos livros Fundamentos para Criação do Estado do Tocantins (1987) e Assimetrias Regionais no Brasil - Fundamentos para Criação do Estado de Carajás (2011); Manuel Dutra – Jornalista e Professor da Universidade Federal do Pará, que desenvolveu estudos sobre o Estado do Tapajós; Edir Veiga – Mestre e Doutor em Ciência Política, professor da Universidade Federal Pará, Contrário à divisão do Pará; e o advogado Robério D’Oliveira-Conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB/PA) que fará uma análise jurídica e tramitação do processo pós-plebiscito, no caso de aprovação de um ou dos dois novos Estados. Um técnico do Idesp (Instituto de Desenvolvimento Social e Ambiental do Pará) também foi convidado mas ainda depende de confirmação.
O debate será mediado pelo jornalista Raimundo Sena, secretário de Interior do Sinjor. A presidente do sindicato, Sheila Cristina Faro fará a abertura do evento.
A participação de políticos se dará na mesa de abertura e na coletiva de imprensa programada para o final do evento, uma vez que o Sinjor decidiu fazer um debate centrado nos técnicos por entender que, como formadores de opinião, os jornalistas devem obter informações técnicas corretas e imparciais para qualificar a cobertura do evento.
Os técnicos palestrantes terão 25 minutos para sua apresentação. A coletiva será aberta, aos profissionais de comunicação social dos veículos impressos e eletrônicos, inclusive blogs e sites.
Do blog do Jeso:
ResponderExcluir"O deputado federal Zenaldo Coutinho, arqui-inimigo do Tapajós e do Carajás, tomou chá de sumiço ontem à noite (8) logo após o início do debate sobre o plebiscito, realizado na sede da OAB/Pará, em Belém.
O auditório, segundo fonte do blog ali presente, ficou lotado para o encontro promovido pelo Sinjor (Sindicato dos Jornalistas)/Pará e pela OAB.
Como deferência aos deputados presentes, a coordenação do debate deu a palavra aos parlamentares para uma saudação aos presentes. Nesse momento, Zenaldo desfilou o mesmo lári-lári de sempre, baixando o nível do encontro logo no início.
Manuel Dutra
Manuel Dutra, jornalista
Em seguida, foi dada a palavra ao primeiro debatedor, o jornalista santareno Manuel Dutra que, após exibir um breve percurso histórico da luta autonomista, botou por terra a velha argumentação de Zenaldo e de outros contras, de que os novos estados não podem ser criados porque ainda não há “estudos de viabilidade”.
Dutra mostrou que há, sim, estudos, inclusive do IBGE, todos eles demonstrando a viabilidade sócio-econômica do Tapajós e do Carajás. Dutra disse, inclusive, que existe um estudo conclusivo da década de 1990, mandado fazer pelo governo do Pará, estudo esse que foi executado pelo IDESP, um órgão técnico do governo estadual.
O jornalista disse que esse estudo está publicado na revista do IDESP, chamada Estudos Paraenses, onde está citado o outro estudo feito pelo IBGE. O IDESP chega quase a aconselhar o abandono da rodovia BR-163, a Santarém-Cuiabá, porque, segundo o instituto, com a estrada pronta, ninguém será capaz de segurar o Tapajós, esvaziando o porto de Belém, em virtude das grandes potencialidades econômicas e de desenvolvimento da região oeste.
Quando Dutra se dirigiu ao deputado Zenaldo Coutinho e indagou: “então, deputado, há, sim, estudos de viabilidade do Tapajós, o senhor nunca os leu?”.
Nesse instante, o debatedor percebeu que Zenaldo tinha se mandado do auditório sem ser percebido pelo expositor.
De modo geral, no debate de ontem, os contrários não apresentaram argumentos aceitáveis nem explicaram claramente por que são contra.
Foi uma goleada em favor do Tapajós."
Guilherme,
ResponderExcluirPraticamente todo o Tapajós tem as terras federalizadas, ou seja, pertencem à União. Só este argumento já derruba os teus argumentos sobre o potencial crescimento do Tapajós. Em segundo lugar, cuida bem dessa parte da Amazônia contra a invasão dos mato-grossenses que querem impor a (monocultura) da soja ao longo da Cuiabá-Santarém. Já se sabe que monocultura na Amazônia vai destruir a diversidade biológica e destruir esse progresso que só existe na tua imaginação.
No debate da UNAMA, ocorrido em agosto passado, vi argumentos consistentes dos contrários à divisão e não vi ninguém do Tapajós para contestar o que ali se disse.