O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - na foto de Cadu Gomes - está entre os cem parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. A pesquisa, publicada anualmente pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) aponta os 100 "Cabeças do Congresso", a chamada "elite parlamentar". De acordo com o DIAP, são considerados "Cabeças do Congresso" aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais.
Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo , o DIAP destaca a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, e, principalmente, facilidade para conceber idéias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão.
"Enfim, é o parlamentar que, isoladamente ou em conjunto com outras forças, é capaz de criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo", diz o texto do DIAP na pesquisa de 2011.
Pelo Estado do Pará, o Senador Flexa Ribeiro foi classificado como ‘debatedor’. De acordo com a definição do DIAP, este parlamentar tem as seguintes características: "São parlamentares ativos, atentos aos acontecimentos e principalmente com grande senso de oportunidade e capacidade de repercutir, seja no plenário ou na imprensa, os fatos políticos gerados dentro ou fora do Congresso. São, por essência, parlamentares extrovertidos, que procuram ocupar espaços e explorar os assuntos que possam ser notícia", diz o texto da pesquisa.
Sobre este perfil de parlamentar, o DIAP diz ainda que: "Conhecedores das regras regimentais, exercem real influência nos debates e na definição da agenda prioritária. Dominam a cena e contribuem decisivamente na dinâmica do Congresso. São os parlamentares mais procurados pela imprensa", afirma o DIAP.
Para Flexa Ribeiro, a inclusão de seu nome entre os "Cem mais influentes do Congresso Nacional" é o reconhecimento de um trabalho que vem sendo desenvolvido há vários anos em defesa do Estado.
"Temos uma grande prioridade no mandato: defender o nosso Pará, com uma atuação séria e responsável. E desta forma conduzimos o trabalho no Senado. Acredito que esta conquista não é apenas do Flexa Ribeiro, mas sim de toda a população do Pará, a qual tenho a honra de representar nesta Casa", afirma o parlamentar paraense.
"Todo reconhecimento, como este, é um estímulo para trabalhar mais e, assim, envolver o Pará nas discussões nacionais, defendendo nossa gente e nossas posições", afirma Flexa Ribeiro.
Fonte: Assessoria Parlamentar
E que influência:
ResponderExcluirSenador propõe redução de área preservada em benefício próprio
Vinicius Sassine
Publicação: 02/09/2011 08:06 Atualização:
Área da Premiun Participações, na capital paraense (Cristiano Martins/Esp. CB/D.A Press )
Área da Premiun Participações, na capital paraense
Duas emendas apresentadas pelo senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) ao novo Código Florestal, em tramitação no Senado, beneficiam diretamente um empreendimento imobiliário erguido em Belém pela Premium Participações, incorporadora de imóveis que tem como um dos sócios o próprio parlamentar tucano. Flexa Ribeiro propôs uma regra mais branda para áreas de preservação permanente (APPs) em cursos d’água em áreas urbanas. A área de vegetação preservada às margens de lagos seria reduzida de 30m para 15m, medida que se estenderia para outros cursos d’água. O Edifício Premium, construído pela incorporadora e pela Quadra Engenharia, está a menos de 30m da orla da Baía do Guajará e, caso a emenda de autoria do senador seja aprovada, o futuro prédio de 23 andares passaria a se enquadrar na legislação ambiental. A obra está suspensa pela Justiça Federal do Pará por danos ambientais.
Flexa Ribeiro é um dos sócios da Premium. Tem uma participação de R$ 123,7 mil no capital da empresa, conforme declaração oficial de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O senador ainda detém um “crédito” de
R$ 7,7 milhões pela participação na Engeblan — Engenharia e Planejamento, segundo a mesma relação de bens. Ao Correio, Flexa Ribeiro reconheceu ser um dos proprietários da Premium, mas alegou que a empresa apenas vendeu o terreno a cotistas, que, então, contrataram a Quadra Engenharia para a execução das obras.
Não foi essa a interpretação do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Pará, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Justiça Federal. As três primeiras instituições moveram em conjunto, em maio deste ano, uma ação civil pública para paralisar a construção dos edifícios Premium e Mirage Bay. O primeiro é construído pela Premium e pela Quadra, como atestam na ação. O segundo é da Construtora Cyrela. Na liminar judicial concedida em junho, a Justiça Federal também atribui às mesmas empresas — citadas no processo na 9ª Vara Federal de Belém — a responsabilidade pelas obras.
Os prédios estavam sendo construídos em terreno da Marinha, uma área pertencente à União. O Edifício Premium ocupa uma área de 5 mil m², dentro de um complexo chamado Ver-o-Rio. Antes, a legislação municipal só permitia a construção de prédios de até três andares na região. Agora, estão autorizados edifícios de até 30 andares. Em razão das mudanças no Plano Diretor e das licenças concedidas, o município de Belém também é citado no processo em curso na Justiça Federal. Segundo o procurador da República Alan Mansur, um dos responsáveis pela ação, já existem 40 pedidos de construção de edifícios na área, “todos na orla, bem próximos do rio”. “Imóveis na planta já estão sendo vendidos.”