Os oito deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa do Estado divulgaram, nesta quinta-feira, uma nota em que consideram "factoides" as denúncias feitas no início da semana, pelo governo tucano de Simão Jatene, de que as prestações de contas relativas a dois empréstimos, um deles de R$ 366 milhões, que a Assembleia Legislativa aprovou no ano passado para o governo petista de Ana Júlia Carepa, estão irregulares.
"O BNDES não diz que é irregular a prestação de contas, ao contrário, afirma que é de acordo com normas e procedimentos. O que não está de acordo é a Lei autorizativa que nas entrelinhas BNDES diz que é irregular", diz a nota, lembrando que o próprio governo Ana Júlia ingressou no Supremo com ação direta de inconstitucionalidade questionando pontos controversos do diploma legal aprovado pela Assembleia.
Os petistas dizem que, em relação às notas ficais que teriam sido emitidas em duplicidade, ou seja, as mesmas notas fiscais para dois empréstimos diferentes, "nossos técnicos e ex-secretários necessitam de ter acesso a todos os documentos, e não apenas ao Relatório da AGE, que é parcial, para poderem assim ser feita a analise e as devidas respostas que será feitas.
A bancada do PT considera ainda que "o governo do PSDB tenta criar factoides para esconder a grande índice de desaprovação, segundo recente pesquisa divulgada na imprensa, utilizando-se dos mais baixos recursos retóricos e acusações sobre questões inconclusas, e que alguns parlamentares estaduais e até federais, aproveitam-se para desviar a atenção do povo sobre evidentes desvios dos recursos públicos envolvendo pessoas próximas ao governador, como hoje podemos constatar, como a máfia que está sendo desvendada na Alepa."
A seguir, a íntegrada da nota.
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Nota da bancada do PT-Pará
A Bancada dos Deputados Estaduais do Partido dos Trabalhadores na ALEPA vem a público esclarecer que as notícias veiculadas nesta terça-feira, (09), nos veículos de comunicação privados e na Agência Pará (site do governo) estão muito longe de espelhar a verdade ou apuração correta de informações.
Para relembrar o que efetivamente ocorreu e repor a verdade que está faltando ao noticiário e ao governo do Estado, lembramos que:
1. O documento do BNDES enviado em Junho de 2011, ao atual governo do Pará não afirma que a prestação de contas está errada. No 2º parágrafo o documento reitera: "Ainda que os gastos apresentados sejam despesas de capital e estejam de acordo com as normas e procedimentos do BNDES, não será possível aceitarmos a aprovação em virtude da sua inadequação a lei autorizativa". Conforme mostra o documento em anexo.
2. Ou seja, o BNDES não diz que é irregular a prestação de contas, ao contrário, afirma que é de acordo com normas e procedimentos. O que não está de acordo é a Lei autorizativa que nas entrelinhas BNDES diz que é irregular.
3. Bom, agora que estamos nivelando as informações com a verdade dos fatos, devemos contextualizar e dizer boa parte dos deputados e deputadas, que hoje são da base aliada do governo do Pará e que foram, em 2010, oposição à gestão petista, sem nenhum respeito ao povo do Pará e aos prefeitos, primeiro procrastinaram a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões ao governo do Estado do Pará, o qual foi à alternativa apontada pelo governo federal, através do BNDES, a fim de ajudar a amenizar as perdas de mais R$ 400 milhões que o Pará teve com o déficit ocasionado pela crise econômica mundial de 2008.
4. Com o atraso proposital da autorização para o empréstimo junto ao BNDES, o governo então ficou refém de tê-lo aprovado na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), no final do 1º semestre de 2010. Como o projeto de lei foi enviado ainda 2009, passou esse tempo todo sofrendo mudanças que visavam apenas prejudicar a aplicação regionalizada e justa dos recursos e para tanto, os deputados da oposição à época criaram diversos mecanismo para prejudicá-la.
5. Como se sabe e foi noticiado à época, o empréstimo tinha a clara função de dar continuidade às obras paralisadas por conta da crise mundial e não para custeio. Mas a lei 7424/2010 aprovada na ALEPA feriu essa finalidade e foi aprovada cheia de condicionantes ilegais. Uma lei toda cheia de retalhos e ilegal, podemos assim afirmar, foi o que alguns deputados produziram e aprovaram.
6. O governo do PT, que teve à frente uma ex-senadora da República, tendo sido também, ex-vereadora e vice-prefeita de Belém, sabia que enfrentava uma oposição disposta a tudo para tirar-lhe o poder que o povo lhe garantiu e Ana Júlia, orientada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vetou as partes que tornavam a versão da lei maquiavelicamente devolvida pela ALEPA, de forma ilegal.
7. Na ALEPA, os parlamentares da oposição ao governo do PT e que hoje são a base aliada do atual governo, derrubaram o veto, mantendo a ilegalidade da lei, contaminando-a, portanto, como reconheceu este ano, um deputado da base do governo, na tribuna da ALEPA, que a guerra eleitoral contaminou a aprovação da lei e tornou-a cheia de vícios, como de fato aconteceu.
8. O governo do Estado então entrou na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade da Lei, questionando os pontos que a tornavam ilegal, até por saber que todos os empréstimos do BNDES têm rigor na concessão e que o empréstimo que ficou conhecido como 366, embora fosse para restituir as perdas do Pará com a crise de 2008, passaria por todos os rigores de qualquer empréstimo tomado junto ao BNDES.
9. Como a origem da lei é um erro, há de se considerar possível que haja contradições, entre o planejado e o executado, mas as obras e ações para as quais os recursos estavam destinados foram todos aplicados inalteradamente corretamente, sem nenhuma irregularidade, assim como poderiam ser facilmente corrigidos todos os percalços, caso houvesse boa fé da gestão tucana, mas não é isso que o governador e sua equipe propagandeiam, haja vista que existem prazos para correções e ajustes.
10. Frisamos que o problema é na origem do erro, os quais o veneno continua fazendo efeito, agora, naqueles que o injetaram na máquina pública. Como somos responsáveis com o uso do dinheiro público e sua devida aplicação na melhoria da qualidade de vida da maioria da população, esperamos que sejam finalmente feitas as correções desta lei absurda, pois quando aprovada pela oposição do governo Ana Júlia, servia apenas para atravancar os investimentos previstos pelo governo popular e democrático, prejudicando o principal público beneficiário da ação do Estado para com a sociedade.
11. A falta de responsabilidade com o povo paraense adiou a continuidade de obras fundamentais como a pavimentação de diversas estradas, a conclusão das obras do Hospital da Santa Casa, oNovo Hospital de Urgência e Emergência em Ipixuna do Pará, a recuperação de várias rodovias estaduais, o tão aguardado Centro de Convenções de Santarém, entre tantas outras obras que foram boicotadas pela oposição, hoje base aliada de Jatene. Se fossem responsáveis, ajudariam a melhorar a vida de milhões de paraenses com a aprovação do “366” no tempo certo e sem ilegalidades, como agora estão sendo questionadas pelo BNDES e que nossa gestão quis evitar, o tempo todo.
12. Portanto, o atual governo do Pará e sua base aliada, precisam consertar urgentemente o erro que cometeram em 2010, aprovando uma lei ilegal, que como sabíamos, seria um dia ou outro, desmascarada e derrubada, como está sendo. Mas como a covardia e a falta de humildade do PSDB e demais aliados do governo do Estado não lhes permitem assumir que tiveram responsabilidade com o ônus trazido agora à tona, ao invés de levantar impropérios, deveriam é consertar seus erros do passado e desmontar o palanque eleitoral contra o Partido dos Trabalhadores e trabalhar.
13. O PT não aceitará repartir esse ônus como se tivesse sancionado uma lei ilegal sem os devidos vetos. Também não aceitamos que a gestão do PT, da companheira Ana Júlia seja criticada como se tivesse errado ou cometido alguma irregularidade, não sem as devidas condições de defesa e arguição do contraditório, como esperamos ter dos mesmos veículos de comunicação que se propuseram noticiar os alardes e argumentos do atual governo contra nossa gestão e legenda.
14. Em relação às notas ficais que estariam em duplicidade, nossos técnicos e ex-secretários necessitam de ter acesso a todos os documentos, e não apenas ao Relatório da AGE que é parcial, para poderem assim ser feita a analise e as devidas respostas que será feitas.
15. O que nos parece é que o governo do PSDB tenta criar factoides para esconder a grande índice de desaprovação, segundo recente pesquisa divulgada na imprensa, utilizando-se dos mais baixos recursos retóricos e acusações sobre questões inconclusas, e que alguns parlamentares estaduais e até federais, aproveitam-se para desviar a atenção do povo sobre evidentes desvios dos recursos públicos envolvendo pessoas próximas ao governador, como hoje podemos constatar, como a máfia que está sendo desvendada na ALEPA.
16. Por fim, reafirmamos nossa confiança na seriedade dos técnicos e ex-secretários de Estado e em nossa ex-governadora Ana Júlia tanto em relação à lisura dos procedimentos, quanto à correta aplicação dos recursos públicos.
Bancada do PT na ALEPA
Deputado Carlos Bordalo (líder da bancada)
Deputado Airton Faleiro
Deputada Bernadete Ten Caten
Deputado Chico da Pesca
Deputado Edilson Moura
Deputado Milton Zimmer
Deputado Valdir Ganzer
Deputado Zé Maria
factoide?
ResponderExcluirdeputado bordalo,se o sr responder a duas indagações serei obrigado a concordar com o sr. caso contrário o sr será cúmplice
1- onde foram parar os 77 milhões de reais que não prestaram conta
2- justifique o uso de 16 notaas fiscais duplicadas na prestação do 366..quer dizer, usaram as NFs de outro empréstimo pra justificar o 366
se o deputador bordalo justificar essas 2 indagações..voto nele nas próximas eleições.Mesmo com esse novo cabelinho dele
Então tá!
ResponderExcluirSe eu roubo, não sou eu que estou errado. O que tá errado é a lei que proibe o roubo.
ResponderExcluirColocando de forma mais direta, é isso que essa nota diz. Que piada...
Rapaz, depois que donAna botou a culpa da derrota eleitoral no "povo que não entendeu o seu governo", agora aparece essa linda tentativa de "expilicação".
ResponderExcluirAh, sim, ainda não responderam sobre a duplicidade das Notas Fiscais por que ainda estão em reunião (ô cumpanherda pra gostar de reunir..)pra decidir e ensaiar o quê dizer.
Resumo: era um governo sensacional, perdeu não se sabe por que.
Próximo, por favor.
DENÚNCIAS FACTÓIDES!!!! SE NAO ME ENGANO, ESSA LINGUAGEM ERA USADA POR OUTROS PARTIDOS POLÍTICOS (e suas ilustres excelências) quando o PT (nos tempos áureos) denunciava a corrupção no Estado e no País.
ResponderExcluirAGORA É SAO OS PETISTAS (que nada sabem e nada veem) que usam o mesmo expediente.
Como os tempos mudam, heim???
Seu Espaço, esta nota complica mais que explica, eu queria entender uma coisas:
ResponderExcluiro BNDES aprovou o empréstimo com base numa lei irregular? quer dizer, que além da oposiçao ser maquiavélica tramando, até o Banco tramou contra o PT?
é mentira que as notas fiscais são duplicadas, oque configura crime?
O que mais me espanta é um dignissimo deputado dizer que não tem crime, porque a prestação de contas vai ser em 2012. Ou seja, faz o mal feito e deixa pros outros justificarem.
No meio destes deputados não tem um, que se elegeu no setor da pesca, envolvido no escandalo dos registros irregulares de pescador? Isso é uma ..... deixa pra lá
Notinha vagabunda hein. O blog do Parsifal desmontou. O PT não tem jeito mesmo. Quando os outros roubam é roubo, quando o PT rouba é desvio de foco ou roubou porque a lei é inconstitucional. Estamos é ferrados com os nossos políticos.
ResponderExcluirBoa noite, caro Paulo:
ResponderExcluirno tempo em que o PT se atinha aos seus 13 pontos, merecia respeito. Agora que a fração dessesista fala em nome dele e amplia para 16 pontos a desrespeitosa "explicação" acima, mentem e não se envergonham.
Na nota, a única verdade é que o Governo Ana Júlia entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei que aprovou o famigerado 366, MAS EM 23 DE DEZEMBRO DE 2010 (confiram aqui: http://m.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4011934)
Ou seja: após a derrota eleitoral, após a absoluta certeza de que as diatribes (para não usar termo mais grave) cometidas na campanha não poderiam ser postergadas para serem encobertas por eles mesmos, caso vitoriosos.
A história não soluça, nem falha. Veio a derrota e a ADI foi a tentativa desesperada de - aí sim - questionar a lei porque não a cumpriram.
Simples assim. Vergonhoso assim.
Abração
E o partido do Parsi estava onde quando isso aconteceu? Para criticar é preciso uma série de explicações, certo? hahaha
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