Conselheiro desiste de processo disciplinar

O anúncio que o advogado Aluísio Meira fez com exclusividade ontem à tarde, ao Espaço Aberto, de que, além de renunciar à comissão de sindicância que apura a falsificação da assinatura do vice-presidente da OAB-PA, Evaldo Pinto, renunciou à presidência do Tribunal de Ética e Disciplina da entidade, vai livrá-lo de responder a um processo disciplinar.

A iniciativa de propor que Meira respondesse a um processo, depois de revelado que ele é advogado do Cartório Diniz – o mesmo que está na origem de uma suposta fraude, objeto de investigação, inclusive, da Corregedoria da Região Metropolitana do Tribunal de Justiça do Estado - teria como autor o advogado Ismael Moraes, um dos conselheiros da Ordem.

Mas Ismael disse que resolveu desistir, por entender que a renúncia de Aluísio Meira, tanto da comissão como do Tribunal de Ética e Disciplina, configura uma “demonstração de honradez e de sensatez do professor nesse deserto de indignidades em que se transformaram algumas instâncias da OAB-PA".

O conselheiro informou, no entanto, que pedirá à corregedora do Conselho Federal da OAB, Márcia Melaré – a mesma que preside a sindicância instaurada para apurar o angu da OAB - "a avocatura dos autos produzidos pela comissão então presidida pelo Dr. Aluísio e do apensamento dos mesmos ao trabalho desenvolvido no Conselho Federal".

Mas esta iniciativa complementar de Ismael também poderá ficar inviabilizada, uma vez que o próprio presidente da Ordem, Jarbas Vasconcelos, resolveu ontem adotar essa medida.