Entraram pela noite, como era fácil e logicamente previsível, os depoimentos - que Suas Senhorias os advogados ouvidos preferem chamar de esclarecimentos - de todos os notificados - que Suas Senhorias os advogados preferem chamar de convidados - no caso envolvendo o angu em que se transformou a venda de imóvel da OAB em Altamira para o advogado Robério D'Oliveira, ele próprio, aliás, um dos convidados a prestar esclarecimentos.
Pactuou-se republicanamente (hehehe) o seguinte: abrir o bico sobre o que foi esclarecido, nem, nem. A sindicância conduzida por uma comissão designada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, à frente a corregedora-geral Márcia Melaré, na condição de presidente, transformou-se em sigilosa.
Ninguém, portanto, deve dar declarações sobre o que disse.
Agora, a bola está com a própria comissão, que terá 30 dias para apresentar um relatório.
Mas o prazo pode ser prorrogado, a pedido da própria comissão.
O certo é que somente com o relatório da sindicância é que todos saberemos se tudo ficará como dantes nos quartéis d'Abrantes - ou nos quartéis da OAB, se quiserem - ou se, ao contrário, vai sobrar para alguém.
Ou para alguéns.
Uma coisa é certa: a punição à advogada Cynthia Portilho é tão certa como dois e dois são quatro.
Porque, afinal, ele é a indigitada autora de um crime, o de falsificar a assinatura de ninguém menos que o vice-presidente da OAB, Evaldo Pinto.
E quem a indigitou foi ninguém menos que a presidência da OAB-PA, em nota publicamente divulgada, na qual se afirma que a própria Cynthia Portilho confessou o fato.
Então, se nem Sua Senhoria a doutora Cynhtia, que confessou a autoria de um crime, vier a sofrer alguma espécie de sanção no âmbito da própria OAB, então, por gentileza, convidem a patuleia para degustarmos juntos um pizza - ou várias - bem bacana.
Tem uma, de estrogonofe de carne, que é uma dilícia.
Vergonha, tristeza, indignação e revolta da classe pelo que está acontecendo. A OAB no Pará tá acabada; sem autoridade moral a OAB não é nada.
ResponderExcluirPrezado PB,
ResponderExcluirInteressante que em todos os fatos não há lesão nem aos cofres da OAB, ao contrário, pois sem a venda do imóvel, seguirá a oab tendo que alugar casa para a subsessão em altamira, que até hoje, não possui instalações próprias, a quem interessa o pagamento desse aluguel, seria o advogado denunciante de altamira? .
Mas não é só a falsificação da assinatura na procuração que está em jogo. Também é patente o crime de falsidade ideológica no registro do título de propriedade do imóvel, expedido, pela prefeitura de Altamira em nome da Subseção e registrado em nome da Seção da OAB. É como se a propriedade fosse de Maria e o registro, sem que nem pra quê, mudasse o beneficiário para José, sem que o título tenha sofrido qualquer retificação ou transferência prévia. Isso é gravíssimo. É crime contra a Administração, pois achincalha a credibilidade do serviço de registro público e, por consequência, a segurança jurídica dos negócios. E aqui há, pelo menos, dois cúmplices: o presidente da Secção e o(a) Oficial do Registro de Imóveis. Essa história de que assim foi feito porque a Subseção não tinha CNPJ não cola. O presidente da Ordem sabe muito bem que não se pode alterar a bel prazer os dados constantes de um título de propriedade. Só por meio de adrede e regular processo de retificação ou de transferência da propriedade issso é possível. E nesse caso da procuração falsificada, a advogada acusada disse claramente que o vice da Ordem é useiro e vezeiro em usar desse expediente de mandar assinarem por ele, prática absolutamente inadmissível, ainda mais em se tratando de um conselheiro da Ordem. Esse negócio tem que ir fundo, bem fundo, e não ficar apenas nessa obtusa e inócua tentativa de politização da questão, como se o distinto público fosse um monte de bestalhaões.
ResponderExcluirEnquanto se discute a venda de um imóvel e se cria uma panacéia na OAB(que com certeza vai do nada a lugar algum), Belém vive a angústia da chegada de agosto e o caos instalado em suas ruas e avenidas, sem que ninguém faça nada. Um colunista de O Liberal já externou isso, mas cadê a OAB, o MP e o escambau. Até hoje aquele monstrengo em frente do Castanheira não saiu. Aqui as carretas ocupam dia e noite as estreitas avenidas. Ontem em uma rua do comércio, em plena tarde, um motorista estacionou seu caminhão e impedia a passagem de outros veículos. O pior é que ele saiu e deixou a chave no contato, o motorista de um micro-ônibus irritado com a situação, desceu de seu veículo e foi tirar o caminhão de sua frente, estacionando mais adiante em cima de uma calçada. E nenhum guarda vê isso. Valha-nos quem ???? Belém na próxima semana será palco de um pandêmonio no trânsito. Isso sim que é descaso com o cidadão.
ResponderExcluirA velha e conhecida estória, sempre sobra para o mordomo.
ResponderExcluirNão pode terminar em pizza pq a história de quem apoiou o Jarbas está em jogo e eles não querem deixar um legado ruim. Só por isso.....
ResponderExcluirPaulo, tenho a convicção de que o tipo de cobertura midiática dada a casos como esse tendem a levar para conclusões como essa: pizza. A indução é clara: em algumas instituições não espere resolução do problema. Alguém vai responder pelos crimes...e os demais serão felizes. Não interessa quem são os envolvidos, nem quais são os interesses em disputa.
ResponderExcluirA forma como é conduzida a visibilidade sobre o processo conduz à conclusão esperada: pizza. O próprio leitor já é informado na mesma direção: não tem solução, escolha entre os piores e seja feliz.
A cobertura do caso pelos jornais tem essa finalidade: "denuncismo" e captura.
O Presidente da OAB Pará deu uma pequena nota na página interna do primeiro caderno de O Liberal contra as "denúncias" do Diário do Pará sobre a postura do presidente da OAB/Pa em relação ao trabalho dos advogados nas prefeituras, e ponto.
Não adianta colocar nas manchetes, querer dar um tom de seriedade e de compromisso com a Opinião Pública; isso tudo só serve para reforçar e forçar negociações de bastidores: é a oligarquização da informação com os perfumes da "imprensa cidadã".
Grande abraço.
Aos advogados, senhora Marise, pouco interessa agora essas teses acadêmicas e teorias sobre o poder da imprensa na manipulação da opinião pública. Aos advogados interessa esclarecer e afastar os responsáveis pela prática de fraude e simulação visando beneficiar um conselheiro, ou mesmo o presidente, em franco locupletamento, pois a OAB precisa voltar a respirar e exercer plenamente suas funções corporativas e institucionais, muitos importantes à sociedade brasileira, por força da lei e da Constituição Federal.
ResponderExcluirAssim espero anônimo das 11:47; mas não se esqueça que mesmo não sendo uma tese acadêmica, vossas senhorias vivem da interpretação dos fatos, e a OAB precisa respirar faz tempo...Um abraço.
ResponderExcluirO anonimo das 11 47 e um brincalhao. Tenho 20 anos de avocacia e a gestao que mais defendeu prerrogativas e institucionalmente a sociedade e esta. Por isso esta apanhando.
ResponderExcluirSra. Marise, com todo o respeito que a senhora merece mas não foi o Diario que fez estas trambicagens! A senhora queria que estes fatos não viessem ao publico? Bem ou mal mas se não fosse esta briga entre Diario e OAB não descobririamos que na OAB tambem tem traquinagem.
ResponderExcluira classe tá mais envergonhada ainda, pois os autores dos delitos acham tudo normal, confessam diante da comissao e nada acontece. o que está esperando o conselho federal?
ResponderExcluirComo advogada e consciente de que uma das missões da OAB-PA, especialmente a do Pará que em data recente agiu com destemor contra a corrupção na Alepa como nunca dantes neste Estado continental na defesa do Estado Democrático de Direito e diante da tentativa (reação:previsível ou prevista) de forças ocultas e subterrâneas que tem raízes com a rede de corrupção na área pública, que buscam financiar, denegrir e enfraquecer a qualquer custo atualmente a credibilidade da Seccional, sinto-me mais motivada para dizer que minha relação com a atual presidência, conselheiros e demais sistemas da OAB-PA é de absoluta confiança e continuará intacta desde que esta gestão mantenham-se firme na Defesa do Estado Democrático de Direito, inclusive, se for o caso diante de interferências indevidas na autonomia da Seccional.
ResponderExcluirUma coisa é certa, se a OAB tivesse feito tudo certo não teriamos tido conhecimento destes fatos graves que mostra a falta de credibiliade desta atual Diretoria da OAB. O que mais intriga é que a pouco tempo esta mesma OAB conclamava o povo para uma marcha contra a corrupção. E agora se for comprovada falhas nesta venda a coisa ficará mais preta para esta gente pois a falsificação de assinatura a propria OAB já declarou que isto era fato recorrente dentro dsta mesma OAB. Casa de ferreiro espeto de pau!
ResponderExcluirque vergonha para os advogados!
ResponderExcluirque vergonha para as famílias dos envolvidos...
que falta de vergonha na cara
realmente, vai acabar sobrando só para a funcionária...
PB, A PIZZA SÓ SERÁ SERVIDA SE A COMISSÃO DE SINDICÂNCIA DO cf quiser. ESTÁ NAS MÃOS DELES A POSSIBILIDADE DA ORDEM SER REERGUIDA.
ResponderExcluirA OAB estaria livre destes comentários se não tivesse feito estes fatos que todo o Pará tomou conhecimento se verdadeiros. Ela se igualou em termo de escandalos a ALEPA, e o pior com a cara de pau de ter conclamado o povo para uma marcha contra a corrupção.
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