Por toda esta semana - se é que não será neste início de semana -, a direção da OAB do Pará pedirá a abertura de inquérito para apurar a falsificação da assinatura do vice-presidente da Ordem, Evaldo Pinto, numa procuração que outorgava plenos poderes a uma advogada para cuidar da venda de um imóvel da Subseção de Altamira para o o advogado Robério D'Oliveira.
O negócio resultou num angu de tais proporções que Robério não apenas pediu ele mesmo o desfazimento do negócio como levou a Subseção de Altamira a encaminhar ao Conselho Federal da Ordem, em Brasília, um pedido formal de intervenção na OAB Pará, com o afastamento cautelar do presidente da entidade, Jarbas Vasconcelos, do secretário-geral, Alberto Campos, e do tesoureiro, Albano Martins.
Não só isso, porém.
A próxima sessão do Conselho, que vai apreciar os desdobramentos do assunto e deliberar, entre outras coisas, sobre o pedido de desfazimento da venda do terreno em Altamira, se prenuncia como uma das mais tensas da história da Ordem. É o que indica o clima dos debates virtuais que os advogados têm travado nos últimos dias em relação a esse assunto.
No último final de semana, um advogado, conselheiro da OAB, ao manifestar por e-mail sua solidariedade a Robério, remexeu ainda mais no vespeiro, quando atribuiu ao que classificou de "indisfarçável cunho político" todo o clamor, toda a confusão que se formou depois de consumada - e levada ao conhecimento do distinto público - a venda do imóvel em Altamira.
Ismael Moraes, que desde o início tem sido voz discordante em relação à forma como se processou a alienação do imóvel, sentiu-se atingido pela manifestação e contra-atacou.
"Estes últimos dias andei cogitando, seriamente, em renunciar ao meu mandato de conselheiro estadual da OAB; a manifestação de Vossa Excelência me fez chegar a uma decisão segura: não renunciarei e continuarei cumprindo o meu dever justamente por conta de posturas como a sua", disse Ismal em resposta.
Ismael acrescentou que o colega conselheiro, ao considerar "manipulação política" a postura dos advogados que se opuseram ao negócio estava acusando a ele, Ismael, de agir com propósitos rasteiros, covardes e abjetos, subvertendo a condição de quem, de fato, criou todo o angu.
Dito isso, Ismael finalizou: "Pois bem, se Vossa Excelência não preza o mandato que nossos colegas advogados lhe outorgaram e tem a coragem de já decidir 'irrestritamente' acerca do que deva ser defendido, assim como de acusar os que tiveram o zelo em resguardar o patrimônio e a moralidade dos atos da OAB, enfim, saiba Vossa Excelência que eu prezo o mandato que tenho. E por prezá-lo não renunciarei e me sacrificarei em respirar o ar insuportável que fará na sala de sessões. E por prezá-lo eu lhe digo: se você não se dá o respeito em fazer essa acusação vil, me respeite!
Estão fazendo uma tempestade com um copo de água sem água...
ResponderExcluirCaracas, uma figura que tenta minimizar os graves fatos dessa maneira ou compactua com esse tipo de postura ou não tem noção de ética. Não sou advogado, mas se fosse estaria envergonhado.
ResponderExcluirBom esse teu trabalho. Parabens, estamos acompanhando daqui de Bsb essa confusão. Não advogamos no Pará, mas como o presidente é daí temos interesse em saber como agirá. Abs
ResponderExcluirTempestade em copo d'água, comentarista das 08:05? Quer dizer que falsificar assinatura não é nada, nadinha, pra uma entidade da importância da OAB? É. E assim caminha a humanidade!
ResponderExcluir